O estresse diário, a má alimentação e o natural avançar da idade são fatores que estimulam o aparecimento de radicais livres em nosso organismo — moléculas instáveis com grande potencial de acelerar o envelhecimento e causar doenças crônicas como as cardiovasculares, renais, hepáticas e o câncer. Além disso, fatores externos como a poluição, o consumo de bebidas alcóolicas, o fumo, medicações e raios UV também contribuem com o acúmulo dessas moléculas no corpo.
De acordo com Cintya Bassi, coordenadora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, os radicais livres promovem a oxidação das células do corpo, interferindo em suas funções, prejudicando seu metabolismo e desacelerando seu processo de regeneração. Segundo ela, as células não são capazes de se defender quando ocorrem aceleração e excesso na produção dessas moléculas, o que pode impactar de várias formas a saúde dos pacientes.
“É importante incorporarmos à rotina alimentos antioxidantes e que promovam a hidratação do corpo”, diz a especialista. “Além de prevenirem uma série de doenças crônicas, os antioxidantes retardam o envelhecimento celular, pois suas moléculas com carga positiva se combinam com os radicais livres e os tornam inofensivos. Além disso, o consumo insuficiente de água acelera a oxidação celular. Nossos órgãos são formados por células, que, por sua vez, possuem água em sua composição.”
Além da água, sucos naturais, água de coco e chás como camomila, erva-doce e cidreira, por exemplo, existem outros meios de “prolongar a vida”, mantendo o organismo saudável por meio da ingestão de alimentos que possuem água na composição. Cintya conta que são as frutas e legumes, como melancia, morango, pêssego, abobrinha, pepino e tomate, os alimentos com maior teor de água em sua composição.
Já em relação aos alimentos antioxidantes, existe uma série de opções, com muitas vitaminas, minerais e fibras, para que as pessoas adaptem de forma prática e versátil ao dia a dia. Confiram algumas:
Frutas vermelhas e roxas;
Aipo;
Linhaça;
Chá verde;
Cacau;
Soja;
Cebola;
Brócolis;
Laranja;
Alecrim;
Tangerina;
Maçã;
Kiwi;
Repolho roxo;
Couve;
Rúcula;
Couve-flor;
Vinho (com moderação: 300ml por dia, o equivalente a uma taça);
Sementes oleaginosas, como: nozes, castanhas, amêndoas e amendoim.
A coordenadora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde também destaca a necessidade de evitarmos o consumo de alimentos que aumentam a inflamação do nosso organismo. “Açúcar, ‘gorduras ruins’ e ultraprocessados, como é o caso de sorvete, biscoito, salgadinhos de pacote, sucos de caixinha e comida industrializada estão entre os itens que devem ser consumidos com muita moderação”, finaliza Cintya Bassi.