Quinta-feira, 17 de Julho de 2025

Especialistas estão em alerta com associação entre drogas e sexo, conhecida como ‘chemsex’

2025-07-16 às 14:45
Foto: Reprodução

Um comportamento tem chamado cada vez mais a atenção de especialistas e autoridades em saúde. Apesar de não ser um comportamento novo, fazer sexo sob o efeito de drogas ganhou de ‘chemsex’, que é uma abreviação da expressão e, inglês chemical sex (sexo químico), de acordo com a matéria publicada pelo Metrópoles.

Além do álcool, algumas drogas, como a cannabis, ketamina, ecstasy, LSD, metanfetamina, GHB e nitrito de alquila, são utilizadas para intensificar sensações de relaxamento, prazer e desinibição. Os especialistas apontam que o uso dessas substâncias tem se somado à facilidade de encontrar parceiros em um mundo cada vez mais conectado.

““O consumo de drogas em contextos sexualizados não é algo recente. Mas a combinação disso com novas tecnologias, substâncias e até mesmo doenças diferencia o chemsex desse comportamento já bastante conhecido historicamente”, pondera especialista em assistência a usuários de álcool e outras drogas, psicóloga Marina Del Rei. Segundo o Metrópoles, ela investiga o fenômeno em seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP).

O periódico Healthcare publicou uma meta-análise, em abril, que pontua uma prevalência global de 12,66% na prática do chemsex, considerando diferentes países, gêneros e orientações sexuais, e isso fez com que especialistas ficassem em alerta sobre o tema.

Dessa forma, o interesse científico pelo tema vem crescendo desde 2019, diante do uso crescente de aplicativos de encontros e dos riscos associados à prática. “[Ela] pode favorecer o desenvolvimento de quadros psicológicos graves, aumentar a vulnerabilidade a infecções sexualmente transmissíveis e, sem conhecimento de estratégias de redução de danos, levar a um transtorno por uso de substâncias”, aponta Marina Del Rei.