Alguns bebês na Europa desenvolveram hipertricose, condição também conhecida como síndrome do lobisomem, após contato com cuidadores que usavam o medicamento minoxidil.
O remédio combate a queda de cabelo e incentiva o crescimento de novos fios na área em que é aplicado, mas o contato com a pele e com a boca dos bebês os levou a desenvolver uma densa penugem nas costas, no rosto e no peito.
Dado o volume de casos – 17 apenas em 2019, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) decidiu obrigar, em outubro, que os estados membros da União Europeia incluam nas bulas do remédio que ele pode levar à síndrome do lobisomem em crianças.
“Consulte um médico se notar um crescimento excessivo de pelos no corpo do seu filho durante o período em que estiver utilizando medicamentos tópicos de minoxidil”, afirma o novo texto da bula.
A EMA também pede que seja incluída a advertência para evitar a ingestão do minoxidil de formulação tópica. As bulas também devem informar que o crescimento de pelos nas crianças volta ao normal quando o medicamento para de ser usado.
A síndrome do lobisomem pode ser uma condição congênita ou desenvolvida. Em alguns casos, o cabelo cresce em áreas isoladas – como nas pontas dos cotovelos ou no rosto – e em outros, por todo o corpo. Não é comum que a hipertricose cause efeitos adversos.