Terça-feira, 19 de Novembro de 2024

Yuri Sócrates ressalta a necessidade de uma maior valorização da sociedade aos professores

2023-10-17 às 14:15

O professor e coordenador do Sepam Vestibulares, Yuri Sócrates, falou sobre qual é o papel do professor, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta terça-feira (17).

No domingo (15) foi comemorado o Dia dos Professores, em homenagem a esses profissionais que dedicam as vidas para ensinar outras pessoas.

Valorização dos professores

Yuri acredita que os professores ainda não são valorizados como deveriam pelo mercado e sociedade. “No nosso mundo atual existe uma desvalorização muito grande em relação ao que é ser professor. Muitas pessoas acreditam que essa temática está ligada a uma questão unicamente financeira, mas existem muitas outras formas de desvalorização ao professor presentes na nossa sociedade”, pondera.

Ele aponta que essas outras formas chamam mais a sua atenção que essa questão financeira que as pessoas associam. “Um exemplo é a desvalorização da autoridade do professor, não necessariamente como uma figura de poder em sala de aula. Mas não é raro encontrarmos inúmeros exemplos no dia a dia de pessoas que se inspiram e se espelham na informação vinda de uma pessoa que é mais famosa, porém muito menos conhecedora de determinado tema, do que de um professor que é especialista nele”, ressalta.

“Apesar de todas as profissões necessitarem passar por professores para poder existir, existe essa desvalorização muito grande em relação ao conhecimento e autoridade dessa figura e respeito a ela dentro da sala de aula”, complementa.

Autoridade da figura do professor

O coordenador explica que quando defende a autoridade do professor não é relacionada a uma figura de poder. “Eu falo remetendo à terminologia latina da palavra autoridade, que vem do latim auctoritas e se refere àquele que está autorizado a falar de algo. Essa palavra não está ligada ao poder, mas sim a alguém que tem autoridade para falar sobre determinado tema”, pontua.

Yuri também comenta que a informação é tomada como um grande entretenimento atualmente. “Então nós estamos a todo instante arrastando a timeline do instagram e outras redes com os nossos aparelhos celulares. Estamos capturando muita informação, porém como mero entretenimento”, afirma. “Parte dessas informações acabam sendo transmitidas por figuras muito carismáticas, que são os famosos influenciadores digitais, e nem todos eles são realmente conhecedores daquilo que falam sobre”, acrescenta.

Ele também aponta que esses influenciadores normalmente falam sobre pautas que são o assunto daquele momento. “O influenciador acaba fazendo isso para que o seu público-alvo interaja com a sua página. E muitas pessoas buscam esse tipo de informação, que não necessariamente é aprofundada e embasada, ao invés de buscar a informação que é mais autorizada e melhor embasada desenvolvida dentro da sala de aula”, assegura.

‘Educação não é entretenimento’

O professor acha importante ressaltar que ‘educação não é entretenimento’. “Quando olhamos para a educação como entretenimento, estamos olhando para o professor como uma figura enfadonha. A partir disso o indivíduo começa a pensar que com determinado influenciador pode saber sobre tudo que está acontecendo no mundo, sendo que isso não é uma verdade”, pondera.

“A educação é cansativa e ela não tem a obrigação de ser engraçada e divertida. Na verdade ela é desconfortável, porque ela traz reflexões e superações durante o processo de aprendizagem”, finaliza.

Serviço

Para saber mais sobre os cursos do Sepam Vestibulares, basta entrar em contato no telefone: 3224-2300 (WhatsApp) ou acessar as redes sociais: @sepamvestiba.

Confira a entrevista completa: