Em live do Quinta com Café, promovida pelo Sindicato Rural de Ponta Grossa, na noite desta quinta-feira (1º), o presidente Gustavo Ribas Netto e o professor e diretor da Fazenda Escola da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Orcial Ceolin Bortolotto, discutiram sobre o manejo de cigarrinha e enfezamento do milho no Paraná.
A cigarrinha-do-milho (nome científico Dalbulus maidis) é um inseto de cerca de 0,4 cm, com coloração branca. Além da injeção de toxinas, esta praga também provoca transmissão de fitopatógenos, principalmente aquelas ligadas ao enfezamento.
Segundo Bortolotto, a cigarrinha só se reproduz no milho, “mas quem está entrando com cultivo de inverno, é muito comum, nós vimos ano passado, a presença de cigarrinha em cevada, aveia, tigo, nessas culturas não ocasiona danos, mas sobrevive ali, vai se reproduzir, e isso vai ser um problema na próxima safra”, diz.
Mesmo em baixa população, o produtor deve monitar a presença da praga para entrar com o controle, conforme explica o professor. “Não existe, por exemplo, um nível de população ou uma média de população para entrar com o controle, cigarra é presença e ausência, justamente porque se caracteriza por transmitir doenças do milho e esses patógenos do enfezamento têm agressividade muito grande”, destaca.
O melhor manejo para este caso é o biológico, já que não existem muitas ferramentas químidas eficientes para o manejo da cigarrinha. “Entrando com uma ferramenta biológica, agora no que seria o período da ‘entre safra’ do milho, nas culturas de inverno, consigo preservar a ferramenta química para quando tiver o milho no campo, além do que o biológico entrega uma boa performance e acaba sendo menos agressivo nas questões ambientais de preservação de inimigos naturais no campo”, pontua.
Confira a live na íntegra: