Em live do Quinta com Café, promovida pelo Sindicato Rural de Ponta Grossa, na noite desta quinta-feira (7), o presidente Gustavo Ribas conversou com o secretário de Agricultura do Município, Bruno Costa, sobre a conservação e o andamento de projetos relacionados às estradas rurais de Ponta Grossa.
Costa destaca que as estradas rurais do município acabam sendo um desafio constante e diário para a administração pública, diante às adversidades que acontecem. “Hoje temos um grande escoamento de produção aqui na nossa região, temos vários moradores nas estradas rurais, hoje temos ônibus escolares que precisam trafegar para pegar as nossas crianças para trazer para escolas, temos ambulâncias e uma série de responsabilidades que fazem com que as nossas estradas rurais precisem estar em dia”, pontua.
Neste sentido, foi lançado em 12 de dezembro de 2022 o programa ‘Caminhos do Agro’, que recebeu R$ 12 milhões em investimentos para manutenção de estradas rurais do município. “Desde lá estamos trabalhando com quatro frentes, com equipes separadas e descentralizadas, onde conseguimos atender ao mesmo tempo todas as regiões rurais”, diz o secretário efatizando que semanalmente disponibiliza um mapa com as atualizações dos serviços realizados.
“A conservação depende de um trabalho de rotina, como exemplo o que aconteceu com as chuvas do mês de fevereiro e março, teve um dia que choveu 86 milímetros, então logicamente alguns trabalhos que foram feitos acabaram sendo degradados por conta da chuva. É um trabalho de rotina que não pode parar, isso não só na época de escoamento da produção, mas também para quem mora na região. Pelo processo licitatório que temos hoje, esses R$ 12 milhões que vamos investir ao longo de todo esse tempo, vai ser até o ano que vem tranquilamente”, diz.
Manutenção
A estrada do Alagados é uma das mais difíceis de fazer manutenção por se tratar de uma região de arenito, com afloramento de rocha, segundo Bruno Costa. “Onde tem o desgaste do solo natural tem que entrar com material argiloso, é uma estrada um pouco mais complicada. O legal do projeto ‘Caminhos do Agro’ é que a gente vem trabalhando não só no passar a máquina, mas a gente quer abaular a estrada, tirar a água do meio da estrada, com abaulamento transversal, e através disso fazer as saídas d’água, que faz com que a manutenção das estradas rurais permaneçam ao longo do tempo”, afirma.
Após sete meses de trabalho, já foram realizadas mais de mil saídas d’água na região. “Já foi feito praticamente o Alagados quase que inteiro, fizemos bastante da nossa região do Taquari, Guaragi tem 88 km de estradas rurais, lá também está quase finalizando os trabalhos, estamos na região de Uvaia, na estrada do 402 estamos com máquinas lá e vamos conversar com os produtores, porque lá é uma região que fazia muito tempo que não tinha manutenção, a gente sabe que existia uma dificuldade antes pela questão do maquinário, e agora estamos conseguindo chegar na região e fazer um belo trabalho”, diz.
Asfaltamento poliédrico da região do Alagados e Buraco do Padre
Quando questionado sobre os asfaltamentos das regiões do Alagados e do Buraco do Padre, Bruno Costa afirma que a licitação acabou ficando ‘deserta’, quando nenhuma empresa se inscreve para o processo. Desta forma, a secretaria de Infraestrutura está avaliando uma mudança no processo licitatório, para que o aslfato em questão seja do tipo poliédrico, com peças sextavadas, ao invés de pedras irregulares, como era anteriormente. “Está sendo avaliado isso para, logicamente, não parar com esse processo”, diz.
“Para a estrada do Buraco do Padre já temos uma verba através da secretaria de estado da SEAB, onde também é possível fazer esse asfalto de pedras poliédricas, que seriam as sextavadas, é um custo mais baixo, porque um asfalto hoje passa de R$ 1 milhão o valor do quilômetro quadrado, esse outro material custa em torno de R$ 700 mil, chega a ser até 30% mais barato do que o asfalto”, pontua.
Confira a live na íntegra: