Em entrevista ao portal D’Ponta News, em parceria com a Rede T de rádios, nesta segunda-feira (29), Paulo Martins (PL), candidato ao Senado no Paraná, fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema eleitoral brasileiro.
Segundo Martins, candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL), o motivo da sua revolta com o STF é “ver nossa Constituição ser destruída, ser rasgada, nossas garantias fundamentais serem violadas, isso não é admissível, não pode acontecer”, afirma.
Para ele, as pessoas que estariam sendo “vítimas” deste sistema, seriam “convenientes” para os ministros do Supremo. “O que estamos presenciando é o desmoronamento de todo o nosso ordenamento jurídico, com aplausos de muitos juristas”, diz. Paulo Martins ainda conclui. “Você não vê, necessariamente, o Legislativo rasgar a Constituição para enquadrar o executivo. Mas vê o Judiciário rasgar a Constituição para se contrapor ao Legislativo e Executivo, o limite é a lei, é o que está desenhado no ordenamento”, finaliza.
Solução
O candidato diz que a solução para este problema é um Senado que volte a se impor perante ao Supremo Tribunal Federal. “O que estou falando aqui não é abrir uma guerra com o Supremo, é o contrário, eu quero preservar o Supremo. Porque uma Suprema Corte exposta, como a nossa está exposta, vai se destruindo socialmente e não vai terminar bem”, enfatiza.
Para ele, a Suprema Corte precisa ser respeitada, para que tenha condições legítimas e populares de pacificar o “pacto social”. “A gente precisa de uma corte que se poupe, tenha respeitabilidade e o país venha a ter paz institucional”, completa.
Sistema eleitoral
Crítico ao sistema eleitoral antes mesmo de ser candidato, Paulo Martins defende que o sistema deve ser compreensível para toda a população. “Para caso haja dúvida, se essa dúvida estiver contaminando a sociedade, a gente ter uma forma de demonstrar os votos”, afirma.
Ele ainda declara. “Me elegi nesse sistema, mas eu nunca falei em fraude, eu falo que o sistema não é adequado para dar essas respostas, sempre foi assim. Sempre foi essa a minha linha para pacificação social, a minha leitura é social não é tecnológica”, completa.
Martins ainda finaliza afirmando que cerca de 35% da população diz não confiar ou confiar pouco no sistema eleitoral. “Daqui a pouco vem um resultado que eles acham estranho e você não tem como demonstrar para ela, aí tem quase metade de um país na dúvida se o escolhido realmente foi escolhido”, diz.
“Isso é péssimo para a legitimidade, a democracia precisa de legitimidade, precisa que as pessoas saibam que esse cara foi escolhido, mesmo contra a minha vontade”, acrescenta.
Confira a entrevista na íntegra:
Ao vivo: Entrevista com o candidato a senador Paulo Martins (PL)