A candidata ao Senado no Paraná, Aline Sleutjes (PROS), afirmou, em entrevista ao portal D’Ponta News, em parceria com a Rede T de rádios para todo o estado, nesta quarta-feira (31), que, além das pautas que defende como o Agronegócio, Educação e Segurança, o investimento em saúde é uma obrigação. “Nós temos, por exemplo, de recursos de emenda no mínimo 50% tem que ser investido na área da saúde. As demandas dos prefeitos e vereadores, obrigatoriamente 50% já tem que atuar só na saúde”, pontua.
Sleutjes, que já foi vereadora de Castro e deputada federal pelo Paraná, considera que levou soluções para onde surgiram problemas no estado. “Além do agro, fiz muita coisa. Na área da saúde, social, infraestrutura, educação”, diz. Porém, a forte relação com o agro vem de família. “Meu pai foi produtor de leite por quarenta anos. Eu nasci, cresci, vivi e vivo na roça. E aí eu fiz a opção pelo agro, pela história do estado do Paraná, importância na economia brasileira, a situação de Castro, a cidade com maior produção do leite, capital nacional do leite, por minha família toda de produtores. E eu acertei porque o agro não está só lá no campo. Para você que não planta, você come, você depende do agro. Hoje com certeza essa identidade me fez ser conhecida não só no Paraná, mas no Brasil, onde palestrei em muitos estados, fiz a Caravana do Leite em seis estados diferentes, estive em missões internacionais”, completa.
Durante o mandato como deputada federal, Aline conta que atendeu 300 cidades e enviou R$ 220 milhões em recursos para o Paraná. “Aqui eu não falo só de valor financeiro, eu falo de realização de sonhos, cidades que eu levei hospitais, postos de saúde, pontes, equipamentos, respiradores, máquinas agrícolas. Em cada lugar tem um pedacinho do meu trabalho, um pedacinho da Aline”, diz.
Para o Senado, Aline Sleutjes afirma que vai continuar lutando pelos municípios. “Particularmente eu acho que o Senado do Paraná precise de gente que goste de gente, que ouça, que goste de pegar na mão, que abrace, que esteja junto dos prefeitos e vereadores, que veja os problemas, atenda e traga soluções. Eu já provei como deputada federal que eu gosto disso e eu sei fazer isso e vou continuar atendendo. Os meus concorrentes que vão ter que provar isso”, declara.
Apoio de Jair Bolsonaro
Aline Sleutjes afirma que o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Paulo Martins (PL), candidato ao Senado e seu concorrente no pleito, a surpreendeu, porém ela diz que já estava acompanhando nos bastidores de Brasília e Curitiba as negociações políticas que levaram a esta decisão. “Quando houve essa conjuntura política, onde na verdade o Paulo é o candidato do Ratinho colocado no PL, essa é a verdade. Não preciso mentir, todo mundo sabe. O Paulo é um paulista que veio para Curitiba trabalhar na Rede Massa, funcionário do Ratinho e é um nome que, entre aspas, é de consenso dos grupos partidários que apoiam o Governo Estadual. Então eu fiquei fora desse jogo político, desse sistema”, revela.
Entretanto, a candidata afirma que não perdeu a sua base de apoio no estado por conta disso. “É uma identidade. Quando olha o Bolsonaro, vê a deputada Aline. Porque em todos os eventos, caravanas, missões eu trouxe o presidente para o Paraná, para Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul em motociata. Eu andei com ele em todos os lugares. Eu sou vice-líder desse governo no Congresso, eu fui vice-líder do Governo na Câmara”, diz. Ela ainda completa afirmando que a identidade dela é conservadora e que é bolsonarista. “Eu fui punida no PSL por ser bolsonarista. Fiquei dois anos sem poder tirar uma foto, sem ter atendimento jurídico, sem ter uma Comissão, sem ter nada. Eu não vou com Bolsonaro por ocasião, minha fidelidade não tem data de validade. Estou com ele porque acredito nele. Eu estou com ele porque sei que ele é o melhor para o Brasil […] Minha campanha está extremamente atrelada a ele”, pontua.
Fundo eleitoral
Segundo Aline, por questões internas do partido a qual é filiada, o PROS, ela não recebeu o fundo eleitoral para a campanha. “Euando eu entrei, fui convidada para vir ao PROS, o presidente era o Holanda. Conservador, de direita, bolsonarista, patriota e meu acordo foi todo com ele. Fizemos uma nota oficial do partido que o PROS do Paraná é Bolsonaro e eu tenho independência para fazer campanha para o presidente, meus deputados estaduais, federais todos com Bolsonaro. A Justiça, aquela mesma que mandou o ex-presidente Eurípedes pagar todo o dinheiro que foi desviado do partido, colocou ele de novo como presidente. E agora, obviamente, o cidadão é de esquerda, apoiador do Lula. Até o momento não mandou um centavo para a minha campanha”, afirma.
Ela ainda afirma que quer “mostrar que dá para fazer um Senado com gente que não é milionária, que é possível eleger uma senadora que não tem milhões de fundo eleitoral. Podemos eleger pelo mérito e trabalho já feito”. A candidata ainda completa. “Quem quer entrar nessa luta comigo, que confia no meu trabalho, me ajude porque eu preciso de ajuda realmente. Nós vamos ter uma campanha muito enxuta, mas mesmo enxuta, só de material são quase R$ 2 milhões, mais comunicação e estrutura”, conclui.
Confira a entrevista na íntegra: