O candidato Ratinho Júnior (PSD) comentou a reta final da campanha para reeleição ao governo do Paraná, em entrevista exclusiva ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), desta quinta-feira (29).
Sobre a correria de fim de campanha, Ratinho Júnior destaca que “é puxado, porque além da campanha, tem o dia a dia do trabalho de governo. Mas é satisfatório e estamos recebendo um carinho muito grande da população, por onde passamos. Isso nos motiva a trabalhar”, ressalta.
Ir às ruas ao encontro do eleitor tem “revigorado” o governador “e até refresca a cabeça das decisões diárias”. “Um fator também que acaba motivando a mais, estando perto das pessoas, neste contato que a própria campanha, naturalmente, faz, é que a pandemia deixou todo mundo limitado a esse contato. Ficamos todos muito preocupados, durante dois anos, se teríamos oportunidade de fazermos reunião, eventos, inaugurações, lançamentos, visitando os municípios, no trivial do dia a dia. Agora, é um oxigênio a mais de energia positiva para conseguirmos trabalhar”, comemora.
Quanto ao enfrentamento à pandemia, que pode ser classificado como a prioridade do atual governo, Ratinho Júnior observa que foi “a pior situação pós-Segunda Guerra Mundial. Aliás, nem a Segunda Guerra Mundial mexeu tanto com o planeta como mexeu essa pandemia, porque a guerra estava mais localizada numa região. A pandemia mexeu com todos os países do mundo”, analisa.
Ratinho Júnior avalia que o Estado conseguiu enfrentar a pandemia de forma planejada, sem precisar “fazer da doença uma novela mexicana política e eleitoral, como muito aconteceu no Brasil em outros estados”. O candidato à reeleição afirma que a questão foi tratada de “forma técnica, com o apoio, inteligência e capacidade do secretário Beto Preto, que é um médico de carreira que atende SUS e ele tinha sido gestor, como prefeito duas vezes, aliás, o prefeito mais bem avaliado do Paraná, na cidade de Apucarana”, destaca.
O governador comenta que decidiu não montar hospitais de campanha porque achou mais eficaz “turbinar todos os nossos hospitais. Cidades que nem imaginavam ter UTIs, como Colorado, Laranjeiras do Sul, Prudentópolis e Goioerê”, cita. Outro município que lutava há 20 anos por uma UTI era Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro. “Mesmo depois da pandemia, [essa estrutura] fica para a população, diferente dos hospitais de lona, que a empresa pega e vai embora”, afirma.
Ratinho Júnior compara que, nos últimos 30 anos, havia 1,2 mil leitos SUS para todo o Paraná e que ao longo de seis meses de seu governo foram implantados 3 mil a mais do que havia. “Tínhamos 4,2 mil leitos de UTI para atender à população. Fizemos em seis meses um trabalho de 30 anos”, aponta. O candidato salienta que montar um leito de UTI exige mais do que comprar e instalar um equipamento, pois demanda a contratação de uma equipe de médicos e enfermeiros especializados em UTI, preparados para fazer intubação.
O governador afirma que não se viu em nenhum outro estado a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas devolverem recursos de seus orçamentos para ajudarem o estado no enfrentamento à pandemia. “Todos esses órgãos, esses poderes, viram seriedade no trabalho que estávamos fazendo e se juntaram. Não se viu aqui briga de prefeito e prefeita com governador”, avalia.
Ratinho Júnior diz que acabou com 30 anos de briga entre Legislativo e Executivo, que “atrasavam” o estado porque não existia proximidade entre a bancada federal e os governadores, nem uma boa relação com a Assembleia Legislativa. “A população não me viu gastar um minuto da minha vida, como governador, brigando. As pessoas me pagam para trabalhar, não para brigar. Fiz um trabalho de construção, de uma política positiva, moderna e de diálogo”, enaltece.
Ainda na área da Saúde, o candidato à reeleição enfatiza a redução na mortalidade infantil à menor taxa da história; a extensão do Samu a 100% do território paranaense, quando antes atendia a 68% e inauguração e início de funcionamento de hospitais que eram prometidos há cerca de uma década. “Estamos preparando a descentralização da Saúde e isso não se faz do dia para a noite, se faz com planejamento”, pontua.
Confira a entrevista de Ratinho Júnior na íntegra: