Em conversa com o comunicador João Barbiero, na noite da última terça-feira (15), o administrador e pré-candidato a prefeito de Ponta Grossa, Marcio Pauliki, garantiu que não guarda ressentimentos do empresário Jocelito Canto. Pauliki esperava contar com o apoio de Jocelito à sua candidatura, mas este optou por se aproximar do grupo liderado pelo deputado federal Aliel Machado e conseguiu viabilizar o nome da sua filha mais velha, Mabel Canto, na disputa.
“Desde que o Jocelito veio para Ponta Grossa, na década de 90, a minha família sempre esteve ao lado dele. Inclusive, o primeiro vídeo político que eu gravei foi apoiando o Jocelito quando ele foi candidato a Prefeito de Ponta Grossa pela primeira vez em 1997”, lembra. Ele reforça que voltou a apoiá-lo na sua segunda candidatura, no ano 2000, e esteve novamente ao lado da família Canto quando Mabel lançou sua candidatura a deputada estadual. “Claro que eu nunca fiz esses apoios pensando em retribuição. A retribuição não é a gente que espera, são as pessoas que lhe dão e isso vai de cada um. Então não pode ficar esperando”, pondera.
Embora garanta que não guarda mágoas, Pauliki admite que ficou um pouco chateado com a decisão. “Não tenho ressentimento, mas fiquei triste quando soube que o Jocelito não iria me apoiar. Cheguei a pensar que ele ficaria neutro, porque ele é muito amigo meu, mas muito amigo do Aliel também”, confessa.
Cumprimento integral do mandato
Pauliki também criticou a decisão da deputada Mabel Canto abandonar o mandato para assumir a Prefeitura Municipal caso seja eleita. “Eu fico triste por se abandonar mandato e a gente perder representatividade, mas também eu entendo a situação e não há nada que impeça. É um sonho da Mabel e é legítimo de um pai querer se realizar com a filha”, frisa.
Ele argumenta que o município pode perder recursos com uma representante a menos do município na Assembleia Legislativa. “Sempre nos dois últimos anos de mandato, seja ele de deputado estadual ou federal, é o momento em que vêm mais verbas porque o governador quer se reeleger e começa a liberar mais recursos. Cerca de 30% da verba é liberada nos dois primeiros anos e 70% nos últimos dois anos”, afirma.
A campanha eleitoral será sem mágoas, totalmente propositiva e sem ataques aos adversários, garante Pauliki. “Minha campanha será sempre propositiva. Não terá ataque, porque eu nunca vou esquecer da amizade que a família Pauliki e a família Canto têm. Tenho certeza de que do lado deles também será a mesma coisa”, acredita.
Confira a entrevista completa: