Sábado, 14 de Dezembro de 2024

Campanha Eleitoral pode movimentar mais de R$ 58 milhões em Ponta Grossa

2020-09-29 às 09:48

A Campanha das Eleições Municipais 2020 deve movimentar R$ 58.596.163,75 milhões ao todo, em Ponta Grossa, levando em consideração as despesas dos candidatos a prefeito e vereadores. Esse dinheiro faz parte do Fundo Eleitoral 2020, regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e de doações feitas aos candidatos.

Para o cálculo de distribuição, a Corte Eleitoral decidiu considerar o número de representantes eleitos para a Câmara e para o Senado na última eleição geral, bem como o número de senadores filiados ao partido que, na data do pleito, estavam no primeiro quadriênio de seus mandatos.

De acordo com o TSE, cada coligação tem o direito de investir R$ 1.763.917,59 na campanha de cada candidato a prefeito, no primeiro turno. Com isso, somando o limite legal de gastos dos cinco candidatos, a disputa para o Executivo pode movimentar cerca de R$ 8,8 milhões. Para o segundo turno, cada um tem o direito de gastar R$ 705.567,03, totalizando R$ 3,5 milhões de investimento.Já cada candidato a vereador pode investir R$ 106.531,81 na campanha, totalizando mais de R$ 48,5 milhões.

Para o cientista político Fabio Goiris, cada candidato deve realizar os investimentos de acordo com o próprio perfil e cada um deve analisar as prioridades e definir os meios de comunicação que melhor alcançam o público: carros de som, páginas na internet, confecção de material impresso, entre outros. “Existem candidatos mais populares, mais burgueses, mais populistas, mais periféricos, mais urbanos, mais sofisticados, etc. Todos tem chance eleitoral, evidentemente. Qual o método de campanha mais eficiente numa pandemia? Não temos ainda essa resposta, no Brasil, por isso, os candidatos devem fazer aquilo que sabem fazer”, explica.

Fabio ainda relembra os gastos da última Campanha Eleitoral Municipal em Ponta Grossa, no ano de 2016, e destaca que nem sempre o candidato que realiza mais investimentos vence a eleição. “Em Ponta Grossa, em 2016, Marcelo Rangel gastou apenas R$ 701 mil de um total de R$ 2 milhões e virou prefeito e Aliel Machado gastou apenas R$ 474 mil e foi muito bem votado. A política é como futebol nem sempre o clube mais rico e gastador sai campeão, embora tenha grandes vantagens para ter sucesso. Por fim, não custa lembrar que vivemos numa sociedade capitalista e individualista (e atravessando uma brutal crise sanitária) e o ‘poder simbólico’ desenvolvido por candidatos de grande poder econômico evidentemente influencia o eleitor”, finaliza Fabio.