As oportunidades muitas vezes estão nos detalhes. E os números, as estatísticas são caminhos para isso. Sem querer ensinar padre a rezar missa, ou ao agricultor a plantar um pé de feijão, ou um investidor saber onde aplicar sua grana, vejo uma grande oportunidade ao analisar os seguintes números: No Brasil, temos apenas 16% de “Capacidade de armazenagem instaladas nas fazendas em relação ao total (da produção) do País (%)”.
A informação é da Cogo Inteligência em Agronegócio, compartilhada em apresentação pela Kepler Weber, empresa centenária, gigante no setor de silos, esteiras e assim por diante.
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Com uma equipe voltada à tecnologia, à inovação, a Kepler Weber vê com empolgação esses números. E garante “O Brasil tem um grande déficit de armazenamento de grãos, tanto em termos absolutos, quanto em comparação com outros países”.
Enquanto no Brasil temos apenas 16% de capacidade de armazenagem, a Argentina consegue estocar 21% dos seus produtos agrícolas, os países da União Europeia 50%, os EUA 56% e o Canadá 80%, segundo informa a FAO – órgão da ONU para a alimentação.
Aqui dentro de nossas fronteiras, em termos de toneladas, há defasagem de armazenamento de – 5,2 milhões de toneladas no Norte, – 12,7 milhões de toneladas na região Sul, no Centro-Oeste -55,7 milhões de toneladas.
Levando em conta a máxima análise, de todo dono de mercearia, “a lei da oferta e demanda faz o preço”, fica fácil imaginar que perdemos muita grana, ao ter que obrigatoriamente tirar a produção da terra, e imediatamente despachar para caminhões e navios. Lá do outro lado do mundo, nossos produtos ficam nos silos, e fazem a balança comercial pender ao bel prazer dos sileiros.
Tecnologia
A Kepler Weber com seu departamento de inovação, desenvolveu uma nova tecnologia para “contar”, no linguajar comum, a quantidade exata de grãos no silo. Por meio de sensores, com a tecnologia é possível além da exatidão do conteúdo, também saber a movimentação do estoque. O sistema de sensores é acoplado na parte superior do silo. Os recursos digitais podem ser acompanhados pelo produtor direto em aparelho de celular ou computador. Isso soma-se às tecnologias já conhecidas, que identificavam a umidade e temperatura dos gigantes tonéis.
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