Não é preciso inventar. O mundo inteiro está buscando alternativas para substituir combustíveis poluentes como carvão, gasolina, diesel e gás. Já houve e continuam ocorrendo guerras e conflitos motivados pela disputa por combustíveis fósseis.
Nós aqui no Brasil ja temos condições, conhecimento e tecnologia para ampliar e diversificar nossa matriz energética, temos produção de energia por biomassa, luz para energia fotovoltaica e vento para energia éolica. Infelizmente ao invés de incentivos, temos taxações que vão contra o movimento de adesão à estas matrizes energéticas.
E nós temos o etanol ! O etanol é renovável, considerado limpo e sustentável. Fruto de um projeto dos anos 70, Pro Álcool, muito bem sucedido, que foi a alternativa aos aumentos absurdos da gasolina, numa ação coordenada pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Após muitos anos e dificuldades, tais como o motor que não “pegava” com baixas temperaturas, foi conseguido o êxito com uma boa motorização auxiliada por partida a gasolina. Depois veio outra inovação com o motor Flex.
Agora, com as preocupações de sustentabilidade e energia renovável, seria fundamental o incentivo dos governos para usar mais etanol como combustível. Assim teríamos uma ótima alternativa, rápida e relativamente limpa para que todos pudéssemos contribuir para diminuir a emissão de CO2, a redução de combustíveis fósseis e os efeitos das mudanças climáticas. A população certamente iria usar mais etanol, é só baixar o preço em relação à gasolina para compensar o rendimento.
E que tal um carro híbrido, motorizado a etanol e com o acréscimo de energia produzida nas frenagens, no funcionamento do motor e nas recargas em postos elétricos ? E com a grande vantagem de não precisar grandes baterias e o descarte delas, os grandes empecilhos para a motorização totalmente elétrica.
Que moderno, inovador e sustentável para o meio ambiente! O Brasil pode ser líder mundial em descarbonização veicular e ainda obter créditos de carbono com retorno para nossa sociedade. Nosso país na vanguarda.
Isso já é realidade, é possível mas é preciso mais incentivos e menos imposto, para que tenhamos mais carros híbridos, com etanol e eletricidade.
Baixa o preço do etanol já!
Everson Augusto Krum é doutor em Hematologia pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP,
foi vice-reitor da UEPG e é ex-diretor do HU-UEPG