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Artigo: 'Zuckerberg: ameaça à democracia', por Oliveiros Marques

há 10 meses

Redação

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Artigo: 'Zuckerberg: ameaça à democracia', por Oliveiros Marques
imagem gerada através da IA do WhatsApp. Créditos: do autor
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Ao anunciar o fim do fact-checking e dos filtros de restrição, sob uma cínica defesa da liberdade de expressão, o dono do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp faz um aceno ao vale-tudo da extrema-direita, que tem na produção e difusão de fake News o principal mecanismo para atacar os estados democráticos.

Ao declarar a “volta às origens”, Mark Zuckerberg pode estar se referindo às violações de segurança e de privacidade que ajudaram a construir seu império, desde os primeiros passos, ainda em Harvard. Ou talvez aos vazamentos de dados – obviamente com o seu conhecimento – que favoreceram projetos de extrema-direita ao redor do mundo.

Um amigo me chamou a atenção para o fato de que este movimento pode estar sendo gestado desde as eleições americanas, como parte de uma aliança entre big techs e os EUA para conter o avanço da China. Uma aliança que, ao que tudo indica, pretende passar por cima de qualquer coisa, inclusive das democracias mais frágeis.

Quando o dono da Meta menciona tribunais na América Latina, é evidente que está mirando no Supremo Tribunal Federal brasileiro, que ousou impor freios à atuação de suas plataformas por aqui. Mais um motivo para que não só o Poder Judiciário, mas também os Executivos e Legislativos federais ajam com firmeza.

No Congresso Nacional, temo que o movimento necessário não terá a força que deveria. Muitos parlamentares já parecem captados pelo canto da sereia empresas de tecnologia. Mesmo assim, acredito que um esforço deve ser iniciado a partir daquelas Casas.

É urgente regular a operação dessas empresas. Repito o que já disse antes: se o algoritmo é capaz de entregar conteúdo direcionado a um público pré-determinado, desde que remunerado para isso, também pode escolher quais conteúdos serão ou não entregues, conforme os interesses dos donos das plataformas. Aliás, é o que já vemos no X (antigo Twitter), onde os conteúdos da conta de Musk aparecem com frequência para usuários que sequer o seguem.

Esse movimento da Meta, somado ao que representa o X, acende o alerta vermelho para as democracias. Não há dúvidas: não se trata mais de somar milhões às suas fortunas. Trata-se de um jogo de poder. E, se esses gigantes tecnológicos se comportam como atores políticos, devem ser tratados como tal: com regras, limites e freios.

Mais uma vez, nossa democracia está sob ataque. E as instituições precisam unir forças para defendê-la. Mais uma vez. Porque, se continuarmos permitindo que esses empresários usem suas plataformas para moldar a opinião pública, em breve, a maioria dos brasileiros poderá acreditar que os atos golpistas de 8 de janeiro foram, na verdade, uma defesa da liberdade e da democracia.

Oliveiros Marques é sociólogo, publicitário e comunicador político.

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