A proposta do Brasil apresentada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de um pacto global para combate à pobreza energética mundial foi discutida com representes da União Africana nesta quinta-feira (3/10) durante reunião do Sustainnable Energy for All (SEforALL), em Foz do Iguaçu, dentro da programação do Clean Energy Ministerial e da Mission Inovation (CEM15-MI9). O Brasil reafirmou o seu compromisso de compartilhar suas experiências bem sucedidas no planejamento energético, principalmente, com os países africanos. A reunião foi mediada pela CEO do SEforALL e representante do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Damilola Ogunbiyi.

“O presidente Lula acredita muito no potencial de mudança e melhoria de vida que podemos garantir ao povo africano se compartilharmos nossas experiências, nossos aprendizados e nossa tecnologia no combate à pobreza energética. O Brasil quer ser aliado dos países africanos nesta luta fundamental. O Brasil está propondo a criação de uma coalizão global para o planejamento energético”, afirmou o ministro.

Silveira destacou, por exemplo, o Luz Para Todos, maior programa de combate à pobreza energética do mundo, que já tirou 18 milhões de pessoas da escuridão. Além disso, o ministro também apresentou aos demais países o programa Gás Para Todos, que prevê investimentos de mais de R$ 13 bilhões para ampliar o auxílio-gás para mais de 20 milhões de famílias brasileiras.

“Cada programa desse significa um compromisso inviolável do governo brasileiro com o bem estar e o futuro dessas pessoas. Isso não é assistencialismo, isso é necessário, é seguir os ensinamentos do Papa Francisco e colocar a dignidade humana como base de todas as nações”, finalizou o ministro.

Energia Sustentável para Todos (SEforALL, sigla em inglês) é uma instituição que apoia países que estão comprometidos com a transição energética e o combate à pobreza energética. No marco da presidência brasileira no G20, a SEforALL está apoiando a aceleração do financiamento para transições energéticas, especialmente em mercados emergentes e economias em desenvolvimento, e maior atenção à dimensão social da transição energética.

Além dos representantes dos países africanos, também participou da reunião o diretor-executivo da Agencia Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol.

da Secom