Quinta-feira, 14 de Novembro de 2024

Bolsonaro cobra transparência e afirma que ex-presidente da Petrobras recebia mais de R$ 50 mil por semana

2021-02-22 às 14:03

o negar mais uma vez a tentativa de interferência na política de preços da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (22), em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que exige apenas “transparência e previsibilidade” da companhia. Bolsonaro destacou o prazo do contrato com Roberto Castello Branco à frente da Petrobras e questionou o salário do mandatário para “trabalhar de forma remota”.

O chefe do executivo federal ressaltou que o contrato de Castello Branco como presidente da estatal acaba no dia 20 de março e avisou: “É direito meu reconduzi-lo ou não. Ele não será reconduzido, qual o problema?”

Ele ainda disse que Castello Branco “está há 11 meses em casa, sem trabalhar, trabalha de forma remota”.

“O chefe tem que estar na frente, bem como os seus diretores. Então, isso para mim é inadmissível. Descobri isso há poucas semanas. Imagine eu, presidente, no meio da covid-19, ficando em casa. Não justifica isso aí”, pregou, ao reafirmar que ninguém vai interferir na política de preços da Petrobras.

De acordo com Bolsonaro, o presidente da estatal ganha mais de R$ 50 mil por semana. “Respeito a empresa, mas queremos saber de tudo o que acontece lá, inclusive a política salarial do presidente e seus diretores. Alguém sabe quanto ganha o presidente da Petrobras? R$ 50 mil por semana? É mais do que isso por semana”, argumentou.

Em seguida, enfatizou que “tem coisa que não está certo” dentro da petroleira. “Não quero que ganhe R$ 10 mil por mês, não, tem que ser uma pessoa qualificada. Mas não ter esse tipo de política salarial lá dentro e para ficar em casa, para mim, não justifica essa ausência da empresa”, encerrou.

Bolsonaro também questionou o aumento do preço do diesel, anunciado pela Petrobras na semana passada. “Eu não consigo entender um reajuste de 15% no preço do diesel em duas semanas. Não foi essa a variação do dólar aqui dentro e nem do preço do barril lá fora. Tem coisa que precisa ser explicada. Eu não peço, eu exijo transparência de quem é subordinado meu”, ressaltou.