há 3 horas
Gabriel Aparecido

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi detido na madrugada desta sexta-feira (26), no Paraguai. Vasques foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na trama golpista de 8 de janeiro de 2023. O ex-diretor foi preso ao tentar embarcar para um voo com destino a El Salvador.
De acordo com a CNN, Vasques saiu do município de São José, em Santa Catarina, de carro até o país vizinho. A suspeita da fuga do ex-diretor teria começado quando a Policia Federal (PF) identificou que a tornozeleira eletrônica de Silvinei estava sem sinal de GPS e GPRS. As equipes foram até a residência do ex-diretor para verificar a situação, mas não o encontraram.
Com imagens do sistema interno de câmeras do prédio, a PF apurou que Vasques esteve imóvel até a noite de 24 de dezembro, quando deixou a casa, levando bolsas, pertences pessoais, seu cachorro e materiais para transporte do animal. Depois disso, ele não foi mais visto entrando ou saindo do prédio.
Além disso, o carro que Silvinei estaria utilizando também não seria o registrado em seu nome. A polícia chegou a conclusão que ele estaria utilizando um automóvel alugado, que reforçou a suspeita de fuga.
A Polícia Federal, então, intesificou as buscas e compartilhou os dados com autoridades de outros países. Silvinei foi localizado no aeroprto de Assunção, quando tentava embarcar para El Salvador usando um passaporte paraguaio falso.
Com isso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a prisão preventiva de Silvinei. "A fuga do réu, caracterizada pela violação das medidas cautelares impostas sem qualquer justificativa, autoriza a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva, conforme pacífica jurisprudência desta", afirmou em sua decisão.
Silvinei será encaminhado até a fronteira do Brasil, em Foz do Iguaçu, onde será entregue pelas autoridades paraguais à Polícia Federal. Após a chegada, ele deverá ser encaminhado à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília - mesmo local onde o ex-presidente Jair Bolsonaro estava detido.
Silvinei Vasques foi condenado pela participação na trama golpista que desejava manter Jair Bolsonaro no poder, após perder as eleições de 2022. O ex-diretor da PRF participou de um grupo que coordenou o uso das forças policias para realizar blitzes durante o período eleitoral, com o objetivo de dificultar o trânsito de eleitores.