há 2 horas
Giovanni Cardoso

Divulgada nesta quarta-feira (05), a pesquisa Juventudes: Um Desafio Pendente, da Fundação Friedrich Ebert, traça um panorama do posicionamento político da juventude brasileira, apontando a diversidade ideológica entre os jovens.
Segundo os dados, 44% dos jovens brasileiros se situam no centro do espectro político. Já 38% se identificam com a direita, sendo 21% entre direita e centro-direita e 17% com a extrema direita. A esquerda reúne 18% dos jovens, com 14% posicionados entre esquerda e centro-esquerda e 4% na extrema esquerda.
Os dados também revelam diferenças de posicionamento entre gêneros. Entre as mulheres jovens, 20% se identificam com a esquerda, contra 16% entre os homens. Essa diferença se reflete em posturas sociais e políticas, indicando que as mulheres jovens tendem a adotar posições mais progressistas e se distanciar de visões conservadoras.
O levantamento sugere que mulheres jovens são mais propensas a posições progressistas, impulsionadas por movimentos feministas e de mobilização social, como o #EleNão em 2018, que se posicionou contra posturas machistas e misóginas na política.
"Essas diferenças podem ser explicadas pelos avanços dos movimentos feministas, que têm impactado diretamente a conscientização e mobilização das mulheres em torno de causas relacionadas à igualdade de gênero. Esses movimentos, como o #EleNão em 2018, contra a eleição de Jair Bolsonaro por seus posicionamentos machistas e misóginos, destacam o papel das mulheres como protagonistas na luta contra ideologias conservadoras", aponta o estudo.
Já os homens tendem a se identificar mais com o conservadorismo, em parte como reação às mudanças promovidas por ideais feministas e progressistas que desafiam estruturas históricas de poder.
A pesquisa entrevistou 2.024 jovens em todo o território nacional, na faixa etária de 15 a 35 anos, utilizando metodologia de amostragem online com painéis web. A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.