Terça-feira, 08 de Outubro de 2024

Política: Confira as perspectivas para 2022 na visão do cientista Fábio Goiris

2021-12-27 às 13:43
Conteúdo exclusivo publicado na Revista D’Ponta #288 Nov/Dez/2021
por Ismael de Freitas

‘Dois mil e vinte e dois’ se apresenta repleto de incertezas, promessas e esperança. Para descobrir o que se pode esperar para esse próximo período, a revista D’Ponta entrevistou especialistas, intelectuais e doutores em nove áreas do conhecimento e publicará os conteúdos ao longo dos próximos dias.

O impacto das eleições para presidente, governadores, deputados e senadores será um definidor importante em quase todas as esferas. De igual modo, é imperativo saber quais serão as medidas para conter a Covid-19, assim como as consequências para a saúde mental que a pandemia vai nos deixar.

A perspectiva sobre o cenário econômico requer também um olhar mais aprofundado sobre agricultura, tecnologia, educação e meio ambiente. Além disso, fomos em busca de informações para traçar o futuro do Operário Ferroviário Esporte Clube. Não se trata de um exercício de vidência ou adivinhação, mas apenas perspectivas e projeções a partir de visões baseadas em fatos e na ciência.

 

POLÍTICA

“O chamado capitalismo financeiro, iniciado no Sec. XX, depois da Segunda Guerra Mundial, se agiganta. Bancos e empresas querem mais lucros, e mesmo os chineses, mas não só eles, aderiram solenemente. Esta fase do capitalismo vem mostrando maior agressividade sobre a América Latina, com a especulação financeira crescendo em torno de ações de empresas, juros, títulos de dívidas e diversas formas de créditos. A pandemia ajudou a intensificar muito esse cenário. Há uma generalização da carestia, países mergulham em dívidas e até mesmo o PIB norte-americano estará em apenas 3,5%. No Brasil, a inflação aponta para um período de estagnação.

Como enfrentar esse monstro financeiro? Cientistas políticos dizem que nossas chances de melhora dependem da política econômica que emergirá das eleições de 2022. Políticas conservadoras alimentarão aquele sistema e políticas nacionalistas e distributivistas poderão ser um contraponto. A unificação da esquerda é considerada o ponto de Arquimedes. A pergunta é se estaremos novamente na atávica luta entre os ortodoxos que querem redução do déficit público e o combate da inflação e os heterodoxos que querem congelar preços e liberar as políticas monetária e fiscal. Resta a esperança pós eleitoral e não se descarta um resultado alentador.”

Fábio Goiris, cientista político, professor da UEPG, mestre em Ciência Política pela UFRGS e pós-graduado em Sociologia Política pela Universidade de Londres

Fábio Goiris, cientista político, professor da UEPG, mestre em Ciência Política pela UFRGS e pós-graduado em Sociologia Política pela Universidade de Londres

 

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