A safra de novos investidores pessoa física que chega à bolsa brasileira é formada por jovens, entre 25 e 39 anos, cujo valor da primeira aplicação é de R$ 352, o mais baixo no histórico da B3. Segundo estudo da própria administradora da bolsa, a região Sudeste concentra o maior número de investidores individuais. Ainda assim, o número de contas dos investidores individuais disparou 43% no primeiro semestre deste ano, com uma média de R$ 10 mil aplicados.
Para o diretor de Relacionamento e Pessoa Física da B3, Felipe Paiva, o levantamento divulgado hoje mostra que o perfil do investidor pessoa física ainda está em formação, após o “boom” do ano passado, quando houve uma migração desse tipo de conta para a renda variável. “Esse movimento de busca por melhor rentabilidade é apenas o início de uma grande mudança de postura, com forte potencial de expansão nos próximos anos”, diz.
Segundo ele, a perda de atratividade em investimentos conservadores ainda provoca uma migração de pessoas físicas para a bolsa de valores e a tendência é de aprofundamento da diversificação, com o investidor individual buscando experimentar outros tipos de produtos financeiros, como ETFs, BDRs e Fundos Imobiliários (FIIs).
“Uma das principais características desses novos entrantes é a busca por alternativa mais rentável e exploração para conhecer novos produtos”, acrescenta o executivo.
Conforme dados da bolsa, o número de pessoas físicas na renda variável cresceu 43% no número de no primeiro semestre de 2021, ante o mesmo período de 2020, encerrando o mês de junho com 3,8 milhões de contas, o que equivale a 3,2 milhões de CPFs (+42%). “São investidores experimentando plataformas e experiências de produtos diferentes, ampliando posição em mais de uma instituição financeira”, afirma Paiva, da B3.
Leia mais na Valor Econômico. Foto Pixabay