há 6 horas
Giovanni Cardoso
Com a decisão de antecipar sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso deixará o cargo, mas continuará recebendo o mesmo valor bruto de salário que os magistrados em atividade: R$ 46.366,19 mensais, conforme dados disponíveis no Portal da Transparência do STF.
Assim como ocorre com outros ministros aposentados — como Marco Aurélio Mello, Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Carlos Ayres Britto — Barroso manterá as prerrogativas do cargo mesmo após a saída da Corte. Os valores líquidos, no entanto, podem variar de acordo com os descontos obrigatórios, como contribuição previdenciária, Imposto de Renda e outras deduções relacionadas a benefícios e gratificações.
Aos 67 anos, Barroso deixará de receber o abono de permanência, atualmente no valor de R$ 7.600,50, destinado a magistrados que continuam na ativa mesmo após preencherem os requisitos para aposentadoria.
O anúncio da saída foi feito na última quinta-feira (9), durante sessão do STF, e foi seguido por aplausos. Em discurso emocionado, Barroso declarou que “chegou a hora de seguir outros rumos”. E completou: “Nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e as exigências do cargo.”
Indicado à Corte em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), Barroso permaneceu por mais de 12 anos no STF, período em que também presidiu o Supremo e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos dois últimos anos. Na despedida, destacou sua trajetória no Judiciário com um tom de gratidão: “Dediquei-me à causa da Justiça, da Constituição e da democracia”, afirmou. “Recebi a bênção de servir ao país e retribuir o muito que recebi.”