O ator, produtor e escritor francês Alain Delon morreu aos 88 anos, neste domingo (18), em Douchy-Mont-corbon, na França. Dono de uma beleza “fria e enigmática”, tornou-se símbolo sexual internacional nos anos 1960 e 1970. Ganhou fama mundial ao interpretar Tom Ripley/Philippe Greenleaf no filme “O Sol Por Testemunha” (1960).
Uma declaração da família divulgada à agência de notícias AFP alega que “ele faleceu pacificamente em sua casa em Douchy, cercado por seus três filhos e sua família”. Em 2012, sofreu um AVC, quatro anos depois de interpretar seu último papel no cinema: o de Júlio César, no filme “Astérix nos Jogos Olímpicos” (2008), depois de um hiato de 11 anos. Em março de 2022, anunciou publicamente sua intenção de se submeter ao suicídio assistido, prática permitida na Suíça, onde ele vivia.
Nascido em Sceaux, subúrbio ao sul de Paris, serviu na Marinha Francesa e trabalhou em empregos avulsos antes de sua primeira aparição no cinema, em 1957, como um assassino de aluguel no thriller “Quand la femme s’en mêle”, intitulado “Send a Woman When the Devil Fails” em inglês.
Este seria o primeiro de muitos papéis de anti-herói para Delon, que se tornou uma figura importante no cinema europeu na década de 1960, trabalhando com diretores elogiados como René Clément (“Plein Soleil”, 1960, intitulado “Purple Noon” nos Estados Unidos), Luchino Visconti (“Rocco e seus Irmãos”, 1960, e “O Leopardo”, 1963) e Jean-Pierre Melville (“Le Samouraï”, 1967).
Ele também apareceu em muitas produções em inglês, incluindo o filme antológico “The Yellow Rolls-Royce” (1964) e os faroestes “Texas Across the River” (1966) e “Red Sun” (1971), mas não conseguiu repetir o sucesso que teve no cinema europeu.
Delon ganhou um prêmio César, o equivalente francês ao Oscar, de melhor ator em 1985 por seu papel como um alcoólatra em “Nossa História”, de Bertrand Blier.
Ele também foi indicado ao Globo de Ouro por sua atuação como o apaixonado e sem dinheiro Tancredi em “O Leopardo”.
Com informações da CNN Brasil