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Coluna Draft: 'Ano-Novo é “Cringe”!', por Edgar Talevi

há 9 meses

Redação

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Coluna Draft: 'Ano-Novo é “Cringe”!', por Edgar Talevi
Foto: Freepik
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Desejar Feliz Ano-Novo tem sido comum nestes últimos dias de 2024. Mais ainda quando lembramos de tantas peripécias que a vida nos reservou durante a caminhada deste ano fugaz e instável. Mas, para iniciarmos bem o novo ano, vamos entender o significado daquilo que escrevemos nas redes sociais para não vacilar na Língua Portuguesa. Quem deseja um Feliz Ano-Novo a alguém, certamente está se referindo à passagem de data entre 31/12 e 01/01. Quando usamos o termo mencionado com hífen, portanto, equivale, tão somente, ao Réveillon. Mas, se a intenção é que o ano “inteiro” de 2025 seja Feliz, o correto é desejar um Feliz Ano Novo, sem hífen. Outras palavrinhas são, notoriamente, usadas por nós na época da virada de ano. Alguns há que desejam “Boas-Entradas”; outros “Boas-Novas”. Ainda há aqueles que costumam brindar o Ano-Novo/Ano Novo com um famoso “tim-tim”, servidos de um belo Champanhe. E, percebamos, todas as formas aqui citadas têm hífen. Aliás, em se falando de Champanhe, cuidado! Muitos usam, inadvertidamente, a redundância “Champanhe Francês”. Isso não encontra guarida na Língua Portuguesa, haja vista a origem da bebida, portanto, dispense, na fala e na escrita, o pleonasmo. Apenas diga ou escreva “beber Champanhe”. Até aqui, sem problemas. Mas, por que afirmo, no título desta crônica, que Ano-Novo – com hífen – é Cringe? Afinal, que palavra é essa? Explico: em tempos pós-modernos, com corrente uso de internet e redes sociais, criam-se termos diariamente e, após, os dicionários correm contra o tempo para dar conta de encontrar os novos verbetes e  se manterem atualizados. A palavra Cringe é uma ressignificação do vocábulo dentro do mundo do “internetês”. No dicionário Oxford Escolar, Cringe parece como:
  1. Encolher-se (de medo);
  2. Morrer de vergonha (sentido figurativo).
Em ambos os casos, trata-se de um verbo: “to cringe”. Mas, a geração chamada de “Geração Z” (nascidos entre 1995 e 2015), desafiando os estereótipos, construindo suas próprias regras, entrou em uma “guerra pacífica” de linguagem contra os “Millennials” (nascidos entre 1980 e 1994). Sendo assim, coisas do “passado” foram revisitadas por meio da nova gíria, contemplando um estranhamento ao que se fazia e pensava antes da geração mais “nova”. Deste modo, gostar de café seria Cringe; pagar boleto também (aqui, sem discussão); ser saudosista com os anos 90, nem se fala; usar Facebook? Isso demonstra ferozmente nosso jeito Cringe de ser. E por aí vai. A criatividade anda solta no país da linguagem. Então, este colunista, um Millennial assumido, confessa, para o bem de todos, que escrever Feliz Ano-Novo é Cringe, pois queremos que a completude de 2025 seja excelente para nós, não apenas a passagem de data e a festa do Réveillon. Portanto, prezados leitores e leitoras: Feliz Ano Todo a Vocês, quer sejam Millennials ou Z!
Coluna Draft
por Edgar Talevi
Edgar Talevi de Oliveira é licenciado em Letras pela UEPG. Pós-graduado em Linguística, Neuropedagogia e Educação Especial. Bacharel e Mestre em Teologia. Atualmente Professor do Quadro Próprio do Magistério da Rede Pública do Paraná, na disciplina de Língua Portuguesa. Começou carreira como docente em Produção de texto e Gramática, em 2005, em diversos cursos pré-vestibulares da região, bem como possui experiência em docência no Ensino Superior em instituições privadas de Ensino de Ponta Grossa. É revisor de textos e autor do livro “Domine a Língua – o novo acordo ortográfico de um jeito simples”, em parceria com o professor Pablo Alex Laroca Gomes. Também autor do livro "Sintaxe à Vontade: crônicas sobre a Língua Portuguesa". Membro da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes. Ao longo de sua carreira no magistério, coordenou inúmeros projetos pedagógicos, tais como Júri Simulado, Semana Literária dentre outros. Como articulista, teve seus textos publicados em jornais impressos e eletrônicos, sempre com posicionamentos relevantes e de caráter democrático, prezando pela ética, pluralidade de ideias e valores republicanos.

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