“Ainda que fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor (…), nada serei.” A Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios 13: 1,2 inspirou a letra de “Monte Castelo”, da Legião Urbana e seu eterno Renato Russo. E ainda motiva muitas histórias de amor pelas vidas que se deixam viver.
Neste Domingo, 12 de Junho, o Dia “D” dos Namorados reforça o sentido do altruísmo, da empatia, do amor e da expectativa de se viver o bem que nos é permitido, mesmo em tempos de fortes angústias, guerra, desânimo e perda do sentido da vida. Porém, o Apóstolo Paulo, no texto que serviu de epígrafe a este artigo, demonstra a fenomenologia da fé na existência do amor. Nada escapa ao amor. Nada supera o amor. Nada transgride o amor a ponto de este se evadir da humanidade.
Nesta perspectiva, também é fundamental exercitar nossas emoções para que possamos, segundo especialistas da psique, viver mais intensamente o amor e entender se, de fato, o que sentimos é amor ou simples paixão.
Para tanto, algumas orientações profissionais podem nos salvaguardar nesta missão que ora empreendemos.
1. Controlar a ansiedade: mal do século para muitos, a ansiedade – excesso de futuro -, revela o caráter doentio de diversos relacionamentos. Para a psicóloga Luciana Kotaka, não é correto descontar em seus parceiros os problemas do dia a dia, o que pode levar a mágoas e discussões desnecessárias.
Para que se tenha controle sobre o estresse do cotidiano, que, potencialmente, gera ansiedade, é preciso buscar ajuda tão logo se perceba o problema, a fim de não torná-lo “domesticado”.
2. Ciúmes excessivos prejudicam: O motivo é óbvio, por um lado: ciúmes não impedem traições. Por outro, causam danos permanentes nos relacionamentos. Dos ciúmes vêm inseguranças, desconfianças e pensamentos que mais permeiam a mente de quem sente do que da pessoa que é alvo dos ciúmes, segundo afirma a psicóloga Sinara da Silva Guerra.
Neste cenário é importante, segundo a psicóloga, que cada um, dentro do relacionamento, tenha seu espaço e liberdade e permita que o outro tenha seu direito à privacidade. Quando isso não ocorre, naturalmente não pode ser amor, senão paixão.
3. Pessoas bipolares podem ter um relacionamento saudável: Isso é o que afirma o psicólogo Stanly Huang. Caso o tratamento médico-psicológico esteja adequado a cada um, existe essa possibilidade.
Porém, jamais deixar de lado a sabedoria do autoconhecimento, pois, talvez, seja a medicina mais científica da humanidade!
4. Pode-se manter um relacionamento duradouro mesmo após palavras mal empregadas contra o outro: Sim, é possível também. Assim assegura a psicóloga Angélica Cristina Strauss Galvão de Souza. Em todos os relacionamentos haverá um certo nível de toxicidade no que respeita às palavras “mal ditas”, mas o melhor remédio é o perdão, pois este pode fortalecer os pontos positivos e minimizar os negativos. Trata-se de um remédio natural.
Exemplo de perdão nos é dado nas Escrituras Sagradas, quando o Grande Mestre, Jesus Cristo, nos ensina a perdoar, de modo metafórico, setenta vezes sete por dia.
5. É possível manter a chama do amor acesa com o passar do tempo: de acordo com a psicóloga Janaína Reis, é preciso valorizar a qualidade das relações entre os indivíduos. Para que isso ocorra, a psicóloga lista algumas dicas: não guardar mágoas ou ressentimentos; ter tempo para realizar algo de que gostem de fazer juntos; expressar o amor com palavras dentre outros.
Talvez não estejamos vendo a humanidade prosperar diante de fatos que não perfilam o espectro do amor ao próximo e à existência pacífica de todas as pessoas. Mas ter alguém com quem compartilhar este domingo deve ser motivo de grande alegria e imenso prazer a todos e todas!
Caso não se tenha ninguém, ainda há tempo!
“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.”
(Luís Vaz de Camões)