Um grito pela Democracia
“A Democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as outras”. Winston Churchill arguiu com excelência a respeito da irretratável e irrevogável legitimidade da representação popular.
Em essência, a democracia é a afirmação da dialética do plural, da diversidade, da afirmação das minorias tão ultrajadas pelo preconceito de quem não aceita a equidade e a existência do outro. O próprio conceito do termo implica reflexão acurada, crítica e metódica a fim de dirimir equivocidades e dissipar meias verdades.
Não obstante, tantos achaques, ataques e chicanas lançam setas que viralizam no seio dos déspotas párias que chafurdam às margens das sujidades da corrupção e fome de poder, pois pragmáticos, fisiológicos e parasitas do sistema que são, lançam mão de artifícios estapafúrdios que desviam da sensatez muita gente do bem.
Parafraseando Bertolt Brecht, “Que tempos obscuros são estes em que precisamos defender o óbvio?” . De fato, a democracia é frágil e necessita de constantes aperfeiçoamentos, mas isso deve ser feito por ela mesma a si própria, não por força de ilações, ilícitos e de vícios de inconstitucionalidades.
Defender a democracia é dever inegociável e inseparável do bom senso e da física social. Destarte, há que se considerar que arroubos autoritários surgem e urgem ecoando por entidades profissiográficas antiéticas e bajuladoras da sanha pornográfica e afrodisíaca dos ventos totalitários.
Não vencerão! Somos resistência, porque probos e ilibados permanecemos, apesar dos pesares. Pela educação, que humaniza, pela liberdade de ser um ser entres seres diferentes, pela autoestima psíquica, pelo devido processo legal, pela construção de conhecimento humano, pelo valor da constituição, enfim, pelo suor sagrado à Legião Urbana, somos casados com a democracia.