No dia 24 de outubro de 1927, Ponta Grossa foi atingida por um violento tornado (entendido na época como ciclone, tufão ou furacão) que deixou um rastro de devastação, com dezenas de residências danificadas, mortes e feridos. Os fortes ventos, que ultrapassaram os 100 km/h, destruíram casas de madeira e imóveis de alvenaria, derrubaram árvores, muros do cemitério central e causaram grandes estragos especialmente na região central da cidade, conhecida como a parte nova. O evento entrou para a história da cidade como uma das maiores tragédias naturais, ganhando destaque em jornais nacionais na época.​

Legenda: Reprodução / Ponta Grossa Historica

Detalhes do tornado e seus impactos

A tempestade foi severa e provocou destelhamentos, quedas de árvores e alagamentos, causando ferimentos graves em diversas pessoas — oito delas foram hospitalizadas e houveram registos de mortos, embora o número exato de vítimas fatais não seja preciso. A antiga prefeitura foi usada como pronto-socorro improvisado para atender os feridos. Além disso, locais como a Estação Roxo de Rodrigues (hoje Estação Saudade) e a região sul da cidade sofreram danos significativos.​

Na época, o fenômeno foi chamado por diversos nomes, pois o entendimento meteorológico ainda era limitado. Mais recentemente, estudos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) confirmaram que se tratou de um tornado. O evento também ficou conhecido popularmente como “tempestade de São João Maria”, nome inspirado em uma lenda local sobre o monge João Maria e uma profecia relacionada a desastres naturais na região.​