Sábado, 12 de Outubro de 2024

Trend do TikTok para alongar o pênis pode até torná-lo menor

2024-02-02 às 16:25
Foto: coffeekai/Getty Images

Uma técnica arriscada tem sido compartilhada no TikTok nas últimas semanas. O jelquing teoricamente alongaria o pênis, mas especialistas alertam que, em vez de fazer crescer, ele pode causar diminuição no tamanho do órgão.

A prática consiste em puxar e esticar o pênis, em um movimento semelhante a uma ordenha, quando ele está semi-ereto. Nas redes sociais, algumas pessoas chegam a usar bombas de sucção a vácuo.

Segundo os praticantes, a ideia é que o pênis ganhe alguns centímetros com o passar do tempo — a força aplicada poderia obrigar a pele a se alongar. Porém, técnica não só tem consequências como não possui comprovação alguma de funcionamento.

O urologista Ubirajara Barroso, coordenador do Departamento de Cirurgia Genital Afirmativa de Gênero da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), explica que, nos últimos anos, há mais procura por receitas milagrosas de aumento de pênis. Segundo ele, também aumentaram os casos de dismorfia peniana, quando o indivíduo acredita que o órgão é pequeno mas, na prática, não é. Um estudo publicado em 2022 aponta que o tamanho médio do pênis é de 14,8 cm.

“Não existe comprovação nenhuma desta técnica, que existe há séculos, então não deve ajudar — só causa um inchaço dolorido e momentâneo. O que temos de mais evidente é que ela prejudica, já que pode levar a doenças e lesões graves. A questão é que, quanto mais se consome pornografia, mais alimentados são os distúrbios de autoimagem em homens. Existe gente disposta a praticamente tudo para fazer crescer órgãos que estão perfeitamente normais”, explica.

Jelqing pode gerar doença irreversível

Um artigo publicado em 2023 no The Urology Journal comprovou a ineficácia do jelqing. “Médicos alertam contra o seu uso rotineiro, incluindo manipulações excessivas ou agressivas, devido a preocupações com potencial fibrose e formação de placas”, escrevem os pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Com as micro-lesões, o órgão pode sofrer deformações graves e feridas. Em casos extremos, o paciente pode desenvolver a doença de Peyroine, quando é formado tecido cicatricial que, por ser mais rígido, acaba até diminuindo o tamanho do pênis.

leia a matéria completa no Metrópoles