A demanda cresceu até 70% e o maior aumento foi registrado na procura por reformas de fachadas, áreas externas e espaços de lazer
Se você não aguenta mais ouvir o barulho de furadeira e martelo no seu vizinho durante o período de isolamento, saiba que você não está sozinho. A construção civil foi um dos setores que conseguiu se manter aquecido apesar dos impactos econômicos da pandemia de Covid-19. O crescimento foi puxado pelo aumento na procura por pequenas reformas durante esse período.
De acordo com o gerente da Antunes Materiais de Construção, Isaías Gomes, os efeitos positivos da pandemia na construção civil também puderam ser sentidos em Ponta Grossa, com pequenos reparos feitos por conta própria ou com a contratação de pequenas empreiteiras e profissionais autônomos. “Houve um grande e significativo aumento na procura por pequenas reformas no município, chegando até 70%. A área mais afetada foi a reforma de fachadas e áreas externas, como edículas ou áreas de lazer”, comenta.
Para Gomes, o aumento na procura por pequenas reformas foi motivado por uma mudança no padrão de consumo. “Sermos surpreendidos com essa pandemia pode ter despertado uma mudança de prioridades nas pessoas, que passaram a refletir sobre suas escolhas e então optaram por melhorias nos lares. Afinal, o que realmente importa é a família”, frisa.
Entretanto, o gerente ressalta que o crescimento da demanda também possui efeitos negativos no mercado. “O grande crescimento da demanda trouxe junto um vilão que é a falta de mercadorias e, por esse motivo, houve oscilação nos preços”, comenta.
O sócio-proprietário da Construtora Lima & Mendes, José Alexandre Antunes Mendes, também sentiu um aumento na procura por pequenas reformas “Do começo do ano para cá a gente sentiu que teve bastante procura por reformas, reparos, aumentos e obras pequenas. O crescimento foi de uns 30 a 40% a mais do que a gente vinha fazendo”, detalha. Ele acrescenta que até o número de funcionários precisou ser aumentado para atender a demanda.
Acredita que uma combinação de fatores pode ter impulsionado o aumento da demanda. “É uma questão de tempo e dinheiro. No começo do ano houve uma paralisação quase total, o pessoal que ficou um pouco em casa teve tempo mais quem tinha uma coisinha ou outra para fazer aproveitou esse tempo para começar”, diz. “A ajuda do Governo Federal, através do Auxílio Emergencial, foi mais uma, então quem queria fazer alguma coisa em casa aproveitou esse período”, opina.
Informações: das assessorias Imagem: Freepik