Uma carta assinada por 16 governadores pede o aumento do auxílio emergencial para R$ 600. O valor médio previsto pelo Jair Bolsonaro (sem partido) é de R$ 250. Assinaram o texto, enviado ao Congresso, os nove governadores do consórcio do Nordeste, além de outros políticos críticos a Bolsonaro, como João Doria (São Paulo) e também aliados, como o governador Ratinho Junior (Paraná).
O auxílio emergencial deve começar a ser pago em abril para 45,6 milhões de famílias. Pessoas que moram sozinhas, serão quatro parcelas de R$ 150. Já as mulheres chefes de família (mãe solteira) vão receber R$ 375.
O Ministério da Economia justifica que os valores reduziram para esse ano por causa do endividamento gerado no passado.
“Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável. Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de saúde. O calendário nacional de vacinação e a obtenção de novas doses de imunizantes contra a Covid-19 estão mais lentas do que as respostas que precisamos para reverter esse quadro”, argumentam.
O presidente Jair Bolsonaro publicou duas MPs (Medidas Provisórias) para liberar o pagamento do auxílio emergencial após conseguir aprovação do Congresso aprovar uma trava R$ 44 bilhões para o programa. Contudo, o Congresso precisa dar aval aos atos em até 120 dias, podendo modificar ou manter as determinações da proposta de Bolsonaro.
Dos R$ 44 bilhões previstos, R$ 23,4 bilhões são destinados ao público já inscrito em plataformas digitais da Caixa, R$ 6,5 bilhões para integrantes do Cadastro Único do Governo Federal e outros R$ 12,7 bilhões para atendidos pelo Programa Bolsa Família.
A previsão é que 45,6 milhões de famílias recebam quatro parcelas a partir de abril.
Segundo a Folha de S. Paulo, a equipe econômica do governo federal passou a considerar que seja decreto estado de calamidade pública, o que permitirá aumentar gastos com a pandemia, o que poderia resultar no aumento do auxílio emergencial.