Uma perita química legal está representando o Paraná no curso de Especialização de Genética Forense, promovido pela Polícia Federal. Anna Carolina de Moraes Braga, que há mais de 11 anos trabalha na Polícia Científica, será multiplicadora e a formação vai aperfeiçoar as técnicas usadas nos laboratórios forenses do Estado.
Nesta quinta-feira (16), começa a terceira fase da pós-graduação ofertada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. No curso, que segue até 21 de agosto e terá 360 horas, Anna está expandindo conhecimentos que aplicará nos trabalhos desempenhados pela Polícia Científica.
O objetivo é desenvolver-se em áreas avançadas de banco de perfis genéticos e em perícias genéticas, padronizando, com alto nível metodológico, a realização de exames pertinentes à genética forense e à elaboração de laudos, fortalecendo a prova pericial e sua relevância na elucidação de delitos.
“O curso é uma grande oportunidade para a nossa instituição ter uma integração maior com os demais estados do País e com a própria Polícia Federal. A padronização em nível nacional na realização de exames genéticos, que a especialização oferece, é um benefício muito grande para o nosso trabalho do dia a dia na instituição. Então, é um curso totalmente voltado para algo que atuo na prática”, explica a perita.
De acordo com a gerente de laboratórios forenses da Polícia Científica do Paraná, Mariana Ulysséa de Quadros, quem ganha com a padronização de exames periciais genéticos é a sociedade.
“É colocando sempre a ciência em primeiro lugar que a Polícia Científica auxilia na resolução de crimes. Ter uma servidora capacitando-se com a Polícia Federal é de suma importância para todo o Estado, pois nos nivela nacionalmente e reforça o banco integrado de perfis genéticos que já temos”, explica.
Para Anna, que participa da especialização, representar o Paraná em nível nacional é recompensador. “É muito gratificante estar em uma instituição que permite que eu possa mudar a rotina de trabalho para acrescentar no meu lado profissional, que também vai beneficiar as atividades de toda a Polícia Científica”, acrescenta.
NA PRÁTICA – Oferecida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Polícia Federal, a Especialização de Genética Forense convidou peritos criminais federais e peritos oficiais estaduais, graduados em áreas de ciências biológicas, da saúde e outras áreas afins, para desenvolver e aplicar conhecimentos avançados na área de banco de perfis genéticos.
A formação, que seria dividida em aulas presenciais em Brasília e em fóruns digitais, precisou ser readequada devido à pandemia da Covid-19. Agora, todas as aulas acontecem à distância.
As primeiras fases do curso, que ocorreram de março a maio deste ano, abordaram temas como biologia molecular e técnicas em genéticas forenses, entre outros.
Imagens/informações: AEN.