A gestora de projetos do Sebrae, Thaise Amaral, e os acadêmicos do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Maria Eduarda Cardoso, Wagner Gabriel Machado da Silva e Gustavo Oliveira Novaes de Macedo, comentaram sobre o Desafio Universitário 2023, em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,3 para Ponta Grossa e região e 92,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (31). Desafio Universitário 2023 O evento, de caráter educacional, foi promovido pelo Sebrae em conjunto com a Brasil Júnior, com o objetivo de formar e capacitar estudantes do ensino superior para exercitar competências empreendedoras como desenvolver soluções voltadas a temas ESG (sigla em inglês para governança ambiental e social). "O desafio foi lançado a nível nacional, então equipes de todo o Brasil poderiam se inscrever. Ele foi separado em duas categorias, uma para as equipes se inscreverem pelas empresas juniores e a outra para estudantes", afirma Thaise. A gestora destaca que o tema ESG está em alta no país e devido a isso foi o tema do desafio. "Eles tinham que criar e desenvolver projetos ao longo desses meses, dentro dessa temática", complementa. A acadêmica Maria pontua que a relação do tema com o curso foi fundamental para a construção do projeto. "O desafio foi proposto em abril pelo Sebrae e a Brasil Júnior, em conjunto, para as empresas juniores e universidades com o objetivo de que elas propusessem um projeto com base no ESG. Nós trabalhamos com ele na base ambiental, que tinha uma maior relação com o nosso curso", explica. Projeto “Biocap: Sustentabilidade que Energiza” O projeto “Biocap: Sustentabilidade que Energiza”, da Petri, empresa júnior vinculada à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, é um dos vencedores, na categoria Movimento Empresa Júnior (MEJ), do Desafio Universitário 2023. A equipe do projeto Biocap é formada por Maria Eduarda Cardoso, Marco Antonio Fagundes Biscaia, Bianca Rafaela Fabris Plath, Wagner Gabriel Machado da Silva e Gustavo Oliveira Novaes de Macedo, acadêmicos do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. "Em primeiro lugar, nós precisávamos estabelecer qual dos pilares que iríamos atender. Para nossa equipe o que mais fez sentido foi seguir o ambiental, que é algo que estudamos bastante no nosso curso", destaca Wagner. "Após conversarmos na empresa júnior sobre isso, selecionamos o pessoal que estava mais disposto a trabalhar durante todo esse tempo e formamos a equipe para desenvolver o projeto", acrescenta. A conscientização das pessoas sobre a preservação do meio ambiente é cada vez mais frequente na sociedade. A iniciativa do Sebrae e a Brasil Júnior em abordar esse tema foi ao encontro do objetivo da equipe. "Um dos nossos enfoques principais foi tentar fazer um projeto voltado à parte ambiental, de uma forma regenerativa e de sustentabilidade, para que conseguíssemos ver um processo sustentável durante toda a fase do nosso projeto", pontua Wagner. Gustavo aponta que a equipe precisou fazer todo um processo de pesquisa, desenvolvimento e abordagem de mercado anteriormente à execução do projeto. "Durante a primeira etapa, verificamos que atualmente os resíduos de café não são muito reaproveitados dentro de toda a sociedade", destaca. "No geral, quando falamos de borra de café só pensamos em biocomposteiras, para fazer compostagem, e vendo todo esse processo pensamos que talvez existissem outras formas de utilizar esse rejeito", pondera. Uma das formas que a equipe encontrou de reaproveitar esse material foi através do bioplástico, que é um tipo de plástico que não depende do petróleo como matéria-prima, mas de fontes renováveis. "Através de pesquisas, percebemos que era viável e daria para fazer. Na primeira etapa, conseguimos obter um resultado muito bom e observamos que daria para desenvolver o projeto", finaliza Gustavo. Feira do Empreendedor 2023 Confira a entrevista completa: https://www.youtube.com/watch?v=2YcHBfA3MYA