há 2 horas
Gabriel Aparecido

Reunidos em frente ao Núcleo Regional de Educação na tarde desta quarta-feira (5), representantes da APP-Sindicato e do SindUEPG protestaram contra a expansão do modelo cívico-militar em instituições de ensino de Ponta Grossa. De acordo com um edital divulgado na última sexta-feira (31) pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), quatro escolas do município podem aderir ao modelo.
O dirigente da APP-Sindicato, Tércio Alves do Nascimento, contou à equipe do D’Ponta News que a manifestação ocorre não apenas pelos problemas observados nesse modelo, mas também pelo fato de as escolas já terem dado uma resposta negativa à Seed-PR anteriormente. “Após menos de um ano, as mesmas escolas estão passando pelo mesmo processo”, enfatizou. Segundo ele, isso representa uma falta de respeito com o corpo docente por parte da Seed-PR.
Para Tércio, o modelo de educação cívico-militar não demonstra benefícios efetivos à segurança ou ao aprendizado dos estudantes dessas instituições. “Policial não foi ensinado a trabalhar com educação”, pontua. Ele complementa que a falta de formação pedagógica dos policiais também representa um problema nesse modelo.
Os colégios estaduais Meneleu de Almeida Torres e Kennedy aparecem como candidatos à adesão. Também estão listados o Instituto de Educação e a Escola Estadual Monteiro Lobato. Atualmente, Ponta Grossa conta com 11 escolas cívico-militares.
Outro ponto levantado pelos manifestantes é a aplicação do programa Parceiro da Escola em Ponta Grossa. O representante do sindicato define o projeto do Governo do Estado como um processo de “terceirização da escola”. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Educação, o programa prevê parcerias entre instituições públicas de ensino e iniciativas privadas para fomento da gestão escolar. “Organizamos a comunidade, os estudantes e os professores para dizer, mais uma vez: não é não”, concluiu.