Em conversa com representantes locais, candidato do PSOL constatou falta de atenção com os mais de três mil moradores das comunidades
“É inexplicável a humilhação e o descaso sofridos pela população de Itaiacoca. Sem atendimento de saúde diário, sem pavimentação adequada para o acesso à região e até sem serviço de correio em um dos berços naturais de Ponta Grossa com capacidade turística e agroecológica”, destaca Gadini.
A constatação se deu após uma roda de conversa entre o candidato e alguns líderes do distrito que organizaram o bate-papo. Diversas reclamações foram feitas, entre elas a falta de preocupação com os moradores e com a região fora do período eleitoral.
“Onde há movimento social tem vida, mas onde têm pinus, não”, afirmou emocionada uma das representantes de Itaiacoca, mas que atualmente vive em Campo Largo por conta de oportunidade de trabalho.
“O setor produtivo tem que ser interlocutor. Não dá para abandonar a população e nem jogar a conta para os cofres públicos. Por isso, a primeira proposta do PSOL é ouvir, entender e chamar os diversos atores envolvidos com os problemas de Itaiacoca”, enfatiza Professor Gadini.
De acordo com os moradores, a evasão dos jovens de Itaiacoca é frequente a pretexto de oportunidades de trabalho ou de qualidade de vida fora dali. A demanda urgente dos moradores é a pavimentação da PR-513, que liga Ponta Grossa à Itaiacoca e a PR-090 que conecta o distrito a Campo Largo. “O grau de abandono é tão grande que é como se nós, moradores da região, não pertencêssemos ao município. Inclusive, alguns deles relatam que se sentem mais amparados pela gestão de Campo Largo do que por Ponta Grossa”, revelou Gadini.
Além disso, não há emergência de saúde no distrito. Os atendimentos acontecem uma vez por semana em uma das seis unidades de saúde em funcionamento no distrito, uma delas está desativada por necessitar de reformas para atendimento da população.
São 3200 moradores em Itaiacoca, região que abriga flora e fauna únicas e características dos Campos Gerais. Dezenas desses habitantes são jovens matriculados em uma escola de tempo integral, mas que funciona até a primeira etapa do ensino fundamental. Depois, os alunos de ensino médio precisam se deslocar até outras comunidades para conseguir estudar. Para isso, é preciso ônibus e estradas em condições de deslocamento seguro que levem os jovens para as escolas da região e também para a zona urbana em diferentes horários. “Uma das principais reclamações é a renovação anual do transporte escolar”, aponta um dos moradores.
“Não dá para olhar apenas para a região como um banco de dados de eleitores. Há gente que precisa de atenção e quer ser ouvida. Por isso, buscamos o diálogo para diagnosticar os principais problemas e construir juntos com as comunidades soluções factíveis e que a população necessita, seja vereador ou prefeito”, finaliza Professor Gadini.
Da assessoria