15 de outubro é dia de dar visibilidade ao papel das mulheres no campo que representam 40% da força de trabalho agrícola nos países em desenvolvimento
Mais preocupação às mulheres rurais, conexão à internet no campo e valorização das produções agroecológicas conduzidas pela força de trabalho feminina são algumas das defesas do candidato do PSOL à prefeitura, Professor Gadini.
No Dia Internacional da Mulher Rural, comemorado neste 15 de outubro, Gadini presta homenagens à trabalhadoras rurais nas redes sociais e garante atenção aos problemas que as produtoras enfrentam no campo, como dupla jornada, pobreza, falta de acesso à internet e também discriminação.
“As mulheres que sustentam as famílias camponesas precisam apontar soluções, pois conhecem os problemas que afetam as trabalhadoras rurais e o papel do gestor no município é ecoar as vozes dessas trabalhadoras em uma gestão participativa e que melhore as condições de vida e trabalho”, defende Professor Gadini.
Na América Latina e no Caribe, as trabalhadoras rurais com baixo nível de instrução formal das regiões agrícolas afastadas dos centros urbanos constituem o grupo menos “conectado” por meio de internet móvel, de acordo com reportagem da Agência Espanhola de Notícias (EFE), publicada nesta quinta-feira.
Os dados são do estudo “Desigualdade digital de gênero na América Latina e Caribe”, divulgado hoje em evento virtual, promovido pelo Instituto Interamericano de Coperação para a Agricultura (IICA) junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
Em sintonia com as organizações internacionais e com a realidade das milhares mulheres rurais de Ponta Grossa, uma das propostas do PSOL para o grupo de trabalhadoras campesinas é promover o empoderamento econômico, político e cidadão no campo por meio da garantia de internet aberta.
“Isso vai facilitar, inclusive, a comercialização dos produtos agroecológicos para outras zonas da cidade, o que, atualmente, garante renda às famílias do campo”, assegura o candidato.
A data foi instituída pela ONU em 1995 com a proposta de elevar a consciência mundial sobre o papel da mulher do campo. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres constituem 40% da mão de obra agrícola nos países em desenvolvimento. Segundo a FAO, 14 milhões trabalham neste tipo de emprego na América Latina.
No Paraná, são mais de 40 mil mulheres no campo, segundo o Censo Agropecuário 2017, que foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Ponta Grossa, segundo cadastro feito pela prefeitura em 2019, elas representam 26,6% dos produtores rurais.
Gadini quer valorizar as lideranças do campo para fortalecer coperativas do campo, que devem gerar emprego e renda nas zonas rurais. “O conhecimento da população e o incentivo ao consumo agroecológico irão impulsionar a agroecologia, o turismo rural e o consumo livre de agrotóxicos”.
Dona Genecilda Lourenço, de 68 anos, uma das dirigentes do Movimento das Mulheres Camponesas na região, reitera a necessidade de auxílio às produções agroecológicas conduzidas por mulheres.
Para ela, as mulheres são imprescindíveis para pleitear as necessidades agrícolas e para defender a comida sem agrotóxico.
“Sou agricultora e tenho minha área toda agrocológica, mas o problema é que de dois anos para cá, a água foi secando e desde março estamos sem água para irrigação. Por isso, estamos juntando esforços para construir coletivamente um poço e assim garantir alimento orgânico na mesa do ponta-grossense”.
Da Assessoria