há 7 horas
Heryvelton Martins

O Natal tem origem em antigas festas pagãs do Império Romano ligadas ao solstício de inverno e ao culto ao “Sol Invencível”, que, entre os séculos III e IV, foram gradualmente ressignificadas pela Igreja para celebrar o nascimento de Jesus Cristo em 25 de dezembro.
Com o tempo, a data se consolidou como uma das principais festas cristãs, associada a símbolos como presépio, árvore decorada e a figura de São Nicolau, que inspirou o Papai Noel.
Entre os romanos, a segunda metade de dezembro concentrava festas como a Saturnália e, depois, o “Natalis Solis Invicti” (nascimento do Sol Invencível), marcando o solstício de inverno no Hemisfério Norte. Essas celebrações uniam banquetes, troca de presentes, iluminações e ritos de renovação, práticas que mais tarde se aproximaram do imaginário natalino cristão.
A data do nascimento de Jesus não é indicada na Bíblia, e a celebração do Natal como festa cristã só se firmou entre os séculos II e IV, quando líderes da Igreja escolheram o 25 de dezembro. A interpretação mais aceita entre historiadores é que essa escolha buscou cristianizar festas populares já existentes, substituindo o culto ao Sol Invicto pela comemoração do “Natal do Senhor” (Natale Domini).
No cristianismo, o Natal passou a lembrar o nascimento de Jesus Cristo em Belém, visto como a encarnação de Deus e sinal de esperança e salvação para a humanidade. A festa ganhou forte dimensão familiar e comunitária, marcada por missas, celebrações litúrgicas e ações de solidariedade que reforçam valores de fé, partilha e fraternidade.
Vários símbolos surgiram ou foram incorporados ao longo dos séculos, como o presépio, difundido por São Francisco de Assis no século XIII, e a árvore de Natal, associada a tradições europeias cristianizadas na Idade Média.
Já o Papai Noel tem origem na figura de São Nicolau, bispo conhecido por sua generosidade com os pobres, que inspirou o costume de dar presentes às crianças na época natalina.