há 14 horas
Amanda Martins

O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, fez nesta quarta-feira (26) um balanço dos primeiros seis meses no comando do time nacional e comentou a expectativa para a Copa do Mundo de 2026. Em participação no Summit CBF Academy, em São Paulo, o italiano afirmou que a vida de um treinador no Brasil é marcada por intensa cobrança.
“A exigência é muito alta, mas creio que tem de ser assim. O estresse pode ser uma coisa positiva. Eu sei que vou sofrer pressão para ganhar a Copa do Mundo”, disse Ancelotti, cada vez mais familiarizado com o português.
Ele destacou que talento individual não é suficiente e defendeu a necessidade de jogadores exercerem liderança em campo. “Quero na convocação jogadores que querem ser os melhores do mundo, jogadores que querem ganhar a Copa do Mundo. Isso é a diferença entre um grande jogador e um líder no campo.”
Segundo o portal Metrópoles, para o técnico, a estratégia da Seleção deve se apoiar em estrutura, profissionalismo e organização. “O talento tem que estar a serviço da equipe. Nunca vi equipe que não tem talento ganhar”, afirmou.
Presidente da CBF vê chance de renovação
Presente ao evento, o presidente da CBF, Samir Xaud, declarou estar otimista quanto a uma possível renovação do contrato de Ancelotti, válido até o fim da Copa de 2026.
“Eu enxergo com bons olhos essa conversa. Acredito na construção de um trabalho. Tem tudo para dar certo”, afirmou Xaud, que exaltou o novo ambiente criado pelo treinador na Seleção.
Atraso de Nunes gera impaciência no evento
O evento também contou com a presença do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que chegou com mais de 30 minutos de atraso, gerando impaciência no público. A mestre de cerimônias precisou fazer duas aberturas para reorganizar a programação.
Nunes, muito celebrado ao chegar, desejou sorte ao técnico e afirmou que o Brasil tem potencial para ser referência mundial. “Temos de tudo para ser melhor, mas a gestão faz toda a diferença.”
Mercado financeiro vê futuro promissor no futebol brasileiro
Durante o Summit, representantes do setor financeiro também discutiram investimentos no futebol nacional. Em painel mediado por Lilian Tahan, CEO do Metrópoles, dirigentes e empresários destacaram o potencial econômico do esporte e as expectativas em torno das novas regras de Fair Play Financeiro da CBF.
O vice-presidente da entidade, Flávio Zveiter, comparou a futura regulação a uma espécie de “CVM do futebol brasileiro”, para garantir mais segurança aos investidores. “O Brasil já virou um hub de jogadores da América Latina. Temos capacidade de competir no futuro com ligas como a Premier League”, afirmou.
O fundador do Banco Inter, Rubens Menin, completou: “Um investidor inteligente vai aonde o potencial é maior. Eu viria correndo para o Brasil”.