há 6 horas
Amanda Martins
O grupo de credores do Paraná Clube protocolou nesta semana um modificativo ao plano de recuperação judicial, com o objetivo de ajustar os termos de pagamento das dívidas concursais. A proposta busca garantir maior segurança quanto ao valor da sede social da Kennedy, que será usada para quitar parte do débito.
Segundo informações do Portal Ric, conforme o acordo inicial, a SAF paranista ficaria responsável por R$ 42,08 milhões dos R$ 132 milhões totais da dívida montante referente apenas aos credores extraconcursais, como a Receita Federal e o Banco Central do Brasil (BACEN). Já os demais credores só receberiam mediante a venda da sede social, cuja negociação ainda não foi definida, podendo ocorrer por venda direta ou leilão judicial.
O impasse surgiu porque o valor do imóvel foi avaliado pelo clube em R$ 88 milhões, enquanto o leiloeiro judicial estipulou R$ 68 milhões. Diante disso, os credores exigiram que o valor mínimo de venda seja mantido conforme a avaliação original do Paraná Clube, R$ 88,6 milhões, com a possibilidade de uma segunda praça a 80% desse valor (R$ 70,8 milhões).
Na prática, o grupo de credores não aceita que o terreno seja arrematado por valor inferior a esse limite. Caso o leiloeiro mantenha o preço em R$ 68 milhões e o bem seja vendido por esse valor, o Paraná Clube e o investidor da SAF deverão cobrir a diferença, estimada em R$ 2,8 milhões.
O próximo passo será a Assembleia Geral dos Credores, marcada para o dia 24, quando a proposta será votada. Se aprovada, seguirá para análise da juíza Mariana Gusso, responsável pelo processo.
Com a homologação judicial, a alteração deverá ser incorporada ao planejamento da SAF, prevendo que parte do investimento destinado à aquisição de 90% do clube poderá ser usada para cobrir eventuais diferenças no pagamento das dívidas com os credores concursais.