Quinta-feira, 25 de Setembro de 2025

O tipo de pé e de pisada têm relação com as lesões? Confira

A avaliação precoce, é essencial para reduzir desconfortos, evitar complicações e aumentar a eficiência do movimento.
2025-09-25 às 15:18
Foto: Ilustração

Por: Amanda Martins

Pesquisas recentes indicam que a forma como cada pessoa pisa pode estar relacionada ao surgimento de dores e lesões musculoesqueléticas. O tipo de pé: plano, cavo ou normal, e a pisada: pronada, supinada ou neutra, influenciam diretamente na distribuição do impacto durante a marcha ou corrida.

Durante o programa Manhã Total da Rádio Lagoa Dourada (98.5 FM) desta quinta-feira (25), o médico ortopedista Thiago Kitanishi comentou sobre impactos no corpo sobre os tipos de pisada, além de que algumas patologias podem se apresentar com o avanço da idade. “Existem algumas doenças, algumas patologias, que elas se apresentam na meia idade. Uma clássica é o pé plano valgo progressivo”, comenta

Embora não exista uma regra absoluta, destacam-se padrões comuns: pés planos tendem a apresentar pisada pronada; pés cavos, supinada; e pés normais, neutra.

O pé plano, geralmente associado à pisada pronada, apresenta arco plantar baixo ou inexistente. Nesse caso, o impacto é descarregado na parte interna do pé, favorecendo dores no arco, sobrecarga do tendão tibial posterior e maior propensão a entorses no tornozelo.

Já o pé cavo, relacionado à pisada supinada, tem arco plantar elevado e apoio predominante na borda externa. Essa característica aumenta a pressão sobre a região lateral e frontal do pé e pode gerar sobrecarga em articulações, como o tornozelo.

Quando a pisada foge do padrão neutro, o corpo passa a absorver de forma inadequada os impactos repetitivos, o que, segundo especialistas, eleva o risco de sobrecarga muscular e articular.

Prevenção e tratamento

O Thiago Kitanishi, ressalta que a prevenção passa pela identificação correta do tipo de pisada. Entre as principais recomendações estão:

  1.  uso de tênis adequados para cada tipo de apoio;
  2.  confecção de palmilhas personalizadas, a partir de análise clínica;
  3.  fortalecimento da musculatura envolvida na pisada;
  4.  acompanhamento de especialistas, como fisioterapeutas e ortopedistas.

A avaliação precoce, é essencial para reduzir desconfortos, evitar complicações e aumentar a eficiência do movimento.

Acompanhe a conversa na íntegra: