Com a pandemia de Covid-19 e a necessidade de isolamento social, os consumidores estão buscando alternativas para evitar sair de casa e o hábito de fazer compras online em supermercados está se tornando um hábito entre os paranaenses. Segundo a Associação Paranaense de Supermercados (Apras), essa modalidade de vendas praticamente dobrou no Paraná de março a junho em relação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa do setor é que mesmo depois da pandemia, as compras online continuem a crescer por causa da comodidade.
“O brasileiro é um povo que geralmente compra com os olhos, por isso, após este período de pandemia, o e-commerce estará mais consolidado, porém não irá substituir as lojas físicas”, afirma o superintendente da Apras, Valmor Rovaris. Segundo a Apras, a pandemia fez muitos supermercadistas anteciparam seus projetos de e-commerce, o que contribuiu para que as vendas online crescessem em um mês o que deveriam crescer em cinco anos. Por isso, a Apras destaca que é importante que os consumidores tenham um pouco de paciência e a consciência de que todos estão trabalhando da melhor maneira possível para garantir a segurança, agilidade e comodidade aos seus clientes. “Adaptar as operações, a logística e a equipe para o e-commerce é um processo que demanda planejamento, estrutura e tempo, mas como muitos consumidores estavam solicitando este novo modelo de vendas para ficarem em casa, as redes supermercadistas tiveram que colocar em prática os projetos que estavam previstos para serem executados nos próximos anos”, salienta Rovaris.
A adaptação para as compras online foi um desafio para os grandes e para os pequenos supermercados. “É preciso que as empresas, independentemente do tamanho, estejam atentas a essa nova realidade e adaptem os seus negócios para atender o novo consumidor”, diz o superintendente da Apras.
O Condor em Casa, sistema delivery da rede com entregas agendadas, começou a operar em maio e, desde então, vem crescendo exponencialmente. Devido às restrições estabelecidas por decretos estadual e municipal, que estão valendo desde a última semana para conter o avanço da Covid-19, os pedidos no aplicativo praticamente dobrou em comparação com o primeiro mês de operação.
“Agilizamos a nossa entrada no e-commerce para oferecer uma funcionalidade a mais para os nossos clientes neste momento de distanciamento social. Apesar de oferecermos um ambiente seguro e adequado às normas e decretos, sabemos que muitas pessoas precisam ou preferem permanecer em casa, por isso, adiantamos o nosso projeto de vendas online para que esses clientes não ficassem sem atendimento”, afirma o diretor de operações do Condor, Maurício Bendixen. A plataforma do Condor já nasceu Omnichannel, disponibilizando todos os produtos disponíveis no supermercado, exceto eletros. A plataforma pode ser acessada pelo aplicativo Clube Condor, disponível para Android e IOS, ou pelo site www.condor.com.br/delivery. Ao iniciar as compras, o usuário precisa colocar o seu CEP, e então o sistema irá selecionar o Condor mais próximo para efetivar o pedido. O pagamento pode ser realizado nos cartões de crédito e débito, no próprio sistema ou por meio da maquininha no momento do recebimento da compra. As entregas possuem uma taxa fixa de R$15,00.
Consumidoras falam de experiências boas e ruins das compras pela internet
Durante a pandemia, a confeiteira Andressa Lamim da Cruz já testou quatro supermercados e aplicativos. “Pra mim foi uma experiência interessante porque não apenas economiza meu tempo de estar lá, mas também evita que eu me exponha”, diz ela. Andressa ressalta que acabou economizando nas compras online e que pretende continuar nesta modalidade mesmo depois que o isolamento social acabar: “Acabo economizando muito porque compro só o que é realmente necessário. E provavelmente continuarei a comprar depois da pandemia”.
Na avaliação geral, ela gostou das experiências, mas preferiu os sites. “Achei os sites melhores, o retorno foi melhor. Eles perguntam até o ponto do pão e se quer as verduras verdes ou maduras. E na falta do produto eles ligaram falando por qual poderia ser substituído”, conta ela. Andressa destaca que as frutas e verduras chegaram em casa em muito boas condições.
Já para a produtora de conteúdo, Juliana Reis a experiência em comprar nos supermercados online não foi tão boa. “Comecei a tentar comprar online antes mesmo da pandemia. Mas achei todos os sistemas das redes muito ruins: travavam, tinhas muitas condições de horários, peso mínimo. e nem todas as grandes redes tinham o serviço. Em uma grande rede fiz a compra, mas alguns produtos faltaram e outros que não pedi vieram no lugar”, lembra ela. Durante a pandemia, como faz a compra para os pais também, ela decidiu fazer novas tentativas, desta vez em mercados menores. “Quando achei um, apesar da simpatia da atendente, ela me ligava muitas vezes para saber se podia trocar os produtos, não tinham tudo e quando veio, havia frutas muito maduras, outras em quantidades diferentes. Tentei voltar a comprar online em grandes redes e só passar para buscar, mas eles não têm tudo que tem na loja física”, conta ela. “Recentemente uma amiga me indicou um aplicativo que tem um comprador pessoal, que imagino ser muito bom, mas não tentei. Cansei de comprar online. Acho que o comércio ainda não está preparado para isso”.
Aplicativos viabilizam de pequenas a grandes compras e entregam rápido
De olho na demanda de entrega de compras durante a pandemia do novo coronavírus, os aplicativos também podem ajudar o consumidor. No caso do Ifood e do James, as compras são geralmente de até de 25 itens, porque a entrega é com motoboys e os supermercados disponíveis são os mais próximos à casa do usuário. Para compras maiores , o o aplicativo Cornershop é a melhor opção não só porque permite compras maiores, mas porque disponibiliza um shopper para o usuário. Uma das grandes vantagens da compra em aplicativos, é a entrega rápida ou agendada. No Cornershop, o consumidor pode receber as compras em até três horas.
É so baixar o aplicativo, escolher os supermercados disponíveis, clicar e escolher os produtos. Em Curitiba, dependendo da região, estão integrados à platataforma do Cornershop o Carrefour, o Big, Mercadorama e Muffato. A taxa de entrega varia de R$ 8 a R$ 25 dependendo do endereço. O diferencial do Cornershop é que o shoppper avisa quando está indo às compras, manda lista de produtos indisponíveis e possíveis substituições e o melhor: pergunta para o consumidor se ele precisa mais alguma produto. Tudo isso pelo próprio aplicativo. E se o consumidor se distrair e esquecer de olhar o aplicativo, uma ligação avisa.
A Uber anunciou nesta semana, em parceria com a Cornershop, onde os usuários já podem fazer pedidos em supermercados por meio dos aplicativos Uber e Uber Eats. Até ontem, a modalidade não estava disponível nem Curitiba.
No Brasil, a Cornershop opera desde janeiro de 2020, já está presente em 11 cidades e conta com parcerias com importantes redes de supermercados, como Carrefour e Big, entre outras.
O Ifood e o Uber Eats concentram vários supermercados menores de bairros, como Triunfo, Superbom, entre outros. Quanto mais perto o estabelecimento, maior a chance de a taxa de entrega ser gratuita.
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Informações: Bem Paraná