Quinta-feira, 10 de Outubro de 2024

Covid-19: O que é a subvariante BA.2 da Ômicron e há razão para preocupação?

2022-02-03 às 16:01
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou no início deste mês o estudo clínico de um produto de terapia celular avançada para tratamento de pacientes com pneumonia viral em decorrência da Covid-19. O ensaio clínico na fase 1/2a faz parte de um dos projetos de pesquisa aprovados no edital interno da PUCPR, lançado em 2020, que contou com o subsídio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. – Curitiba, 19/10/2021 – Foto: Gian Galani Fotografias

A variante Ômicron altamente transmissível, agora é responsável por metade das infecções por Covid-19 no mundo. Mas a Ômicron é um termo abrangente para várias linhagens intimamente relacionadas ao SARS-Cov-2, sendo a mais comum a linhagem BA.1.

Agora, mais países, principalmente na Ásia e na Europa, estão registrando um aumento de casos causados ​​pela BA.2. A BA.2 às vezes é chamada de subvariante “furtiva”, porque não possui o marcador genético que os pesquisadores estavam usando para identificar rapidamente se uma infecção era um caso de ômicron “regular” (BA.1 ) ou de delta.

Tal como acontece com outras variantes, uma infecção por BA.2 pode ser detectada por testes PCR e antígeno, mas eles só indicam se o caso é positivo ou negativo para Covid – não conseguem distinguir as variantes. Para isso, são necessárias mais verificações.

A BA-2 parece ser mais transmissível do que as variantes anteriores, mas, felizmente, nenhum dado até o momento sugere que seja mais grave. Então, quão preocupados devemos estar com essa variante emergente? Confira o que se sabe sobre ela:

O que é a BA.2?

À medida que os vírus se transformam em novas variantes, às vezes eles se dividem ou se ramificam em sub-linhagens. A variante delta, por exemplo, é composta por 200 subvariantes diferentes. O mesmo movimento ocorreu com a ômicron, que inclui as linhagens BA.1, BA.2, BA.3 e B.1.1.529.

A BA.1 responde pela maioria dos casos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 99% do DNA viral submetido ao banco de dados global GISAID (em 25 de janeiro de 2022) foi sequenciado como essa subvariante.

Não está claro onde ela se originou, mas a BA.1 foi detectada pela primeira vez em novembro, em sequências carregadas no banco de dados das Filipinas.

A BA.2 é mais transmissível e perigosa?

Um estudo com 8,5 mil famílias e 18 mil indivíduos conduzido pelo Instituto Estatal Serum da Dinamarca descobriu que BA.2 era “significativamente” mais transmissível do que BA.1. Ela infectou com mais facilidade indivíduos vacinados e com doses de reforço do que as variantes anteriores, segundo o estudo, embora as pessoas vacinadas tenham mostrado menos probabilidade de transmiti-la.

Outro estudo, do Reino Unido, também encontrou maior transmissibilidade para BA.2 em comparação com BA.1. Mas uma avaliação preliminar não encontrou evidências de que as vacinas seriam menos eficazes contra doenças sintomáticas para qualquer uma das subvariantes.

Não há dados que sugiram que BA.2 leve a uma doença mais grave do que as subvariantes anteriores da ômicron. Assim como nas variantes anteriores, os especialistas acreditam que as vacinas continuarão sendo altamente eficazes contra doenças graves, hospitalização e morte. “A vacinação oferece profunda proteção contra casos graves, inclusive para a ômicron”, disse Pavlin.

Leia a matéria completa da BBC