há 3 horas
Amanda Martins

A Indonésia proibiu a atriz pornô britânica Bonnie Blue de visitar o país por um período de 10 anos, após envolvimento em um caso relacionado à produção de conteúdo sexual considerado ilegal pelas autoridades locais. Segundo o Metrópoles, a decisão foi anunciada nesta segunda-feira (22) pelo setor de imigração, que classificou o episódio como uma ameaça à ordem pública e aos valores culturais do país.
Bonnie Blue, cujo nome verdadeiro é Tia Billinger, de 26 anos, foi detida no início do mês durante uma operação policial em um estúdio localizado em Badung, região turística próxima a Denpasar, capital da província de Bali. Segundo as autoridades, a influenciadora teria incentivado homens a manter relações sexuais com ela para fins de gravação, prática proibida pela legislação indonésia.
Conhecida nas redes sociais por conteúdos explícitos, maratonas sexuais e pela preferência por jovens de 18 anos, a atriz foi detida juntamente com 17 homens sob suspeita de violar a rígida lei antipornografia do país. Durante a ação, seu passaporte foi confiscado e, posteriormente, ela foi liberada para retornar ao hotel enquanto as investigações seguem em andamento.
De acordo com a imigração, vídeos considerados “privados” foram encontrados no celular da britânica. Apesar disso, nenhuma acusação formal foi apresentada no momento, já que o material não teria sido destinado à distribuição pública. Ainda assim, as autoridades optaram por aplicar a punição administrativa, alegando que as atividades não condizem com os esforços do governo para preservar a imagem de turismo de qualidade de Bali e respeitar os valores culturais locais.
Além da proibição de entrada, Bonnie Blue já havia sido multada em 200 mil rúpias indonésias (cerca de R$ 70) no dia 12 de dezembro por violar normas de trânsito ao utilizar um caminhão de carga para transporte de pessoas.
A legislação indonésia é uma das mais severas do mundo em relação à pornografia. A lei antipornografia proíbe imagens, gestos ou discursos considerados pornográficos e criminaliza a produção, importação, exportação, disseminação, venda, posse e divulgação de material erótico explícito. Caso seja formalmente acusada, a influenciadora pode enfrentar penas de até 15 anos de prisão e multas que chegam a 6 bilhões de rúpias, o equivalente a quase R$ 2 milhões.