Sábado, 27 de Julho de 2024

“Eu não sou candidato contra o Ratinho, porque ele não é governador do Estado, não há Governo no Paraná”, declara Requião 

2022-08-26 às 08:13
Foto: Divulgação/Eduardo Matysiak

O candidato Roberto Requião (PT), declarou, em entrevista ao portal D’Ponta News em parceria com a Rede T de rádios, na manhã desta sexta-feira (26), que, se eleito, pretende “preencher o vazio do Governo do Paraná”. A sabatina é a primeira da série com os candidatos a governador do Estado.

Em menção ao debate entre os candidatos ao Governo promovido pela TV Band em 7 de agosto, o qual o candidato Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) não compareceu, Requião afirma que “o ‘Rato’ fugiu do debate como um rato foge do gato, não apareceu para discutir. Eu tenho deixado claro que eu não sou candidato contra o Ratinho, porque o ‘Rato’ não é governador do Estado, não há Governo no Paraná”, aponta.

Roberto Requião ainda diz que o Governo atual “não tem nada a ver com o povo do Paraná”. Ele afirma que não houveram obras significativas nos municípios, apenas propagandas. “Já viu que o ‘Rato’ tira fotografia na ponte do Paraguai com o Brasil como se fosse ele o autor? A ponte é construída por Itaipu, foi projetada no governo da Dilma, do Lula, na época que o Samek, que é meu vice hoje, era o presidente de Itaipu. Mas Itaipu não tem secretaria de obras, então eles fizeram um convênio com o Estado para a secretaria de obras construir a ponte, não tem nada a ver com o ‘Rato'”, pontua.

Por outro lado, o entrevistado da sabatina desta sexta (26) elenca obras realizadas durante os três mandatos em que foi governador do Estado. “Eu dou um exemplo: em Ponta Grossa, eu passei pelo governo, eu fiz aqui o Hospital Regional, que levou o nome do meu pai, que é o Wallace Tadeu de Melo e Silva. Um determinado momento o Jocelito me falou do Hospital Municipal que hoje seria o Pronto-Socorro. O prefeito era o Péricles, o Jocelito era deputado, me reivindicou, eu construí o Hospital Municipal”, diz.

Ele ainda completa. “A diferença é a seguinte: nós tínhamos identidade com a população, solidariedade com as pessoas e amor pelo Paraná. Mas esta visão do liberalismo quer destruir o Estado, Estado Mínimo, inexistente e favorece os tubarões, como dizia meu pai”, conclui.

Pedágio

Ao ser questionado sobre a sua opinião a respeito dos pedágios, Roberto Requião diz que considera o contrato, que tinha validade de 25 anos, “uma falsidade”. “Não discutiram antes por causa da eleição. Eles estão retardando para fazer depois da eleição, foi o que o Lerner fez comigo. Ele baixou e depois subiu de novo”, aponta.

Segundo Requião, a Agência Nacional de Controle já considera o novo contrato mais caro do que o anterior. “Com mais 15 praças eles dizem, mas pode não ser 15. Eles concederam as estradas estaduais para o Governo Federal. Pode ser 15 ou pode ser 115. Só não farão praça de pedágio em lugares onde não tem trânsito, que não vai haver lucro. Então estamos jogados nas mãos dos concessionários, eles têm um crime”, afirma.

“O Governo tem que ter identidade com a população”

Por fim, o candidato a governador declara que irá usar a sua experiência para consertar os erros do Governo do Paraná. “As pesquisas qualitativas me demonstram que o povo do Paraná não sabe nada do governo do Rato, apesar dele ter dominado a comunicação nestes anos todos. Não sabe porque não tem nada no Paraná, o que teve foi a venda da Copel Telecom, o pedágio abandonado sem regulamentação que se transformou no maior roubo da história do Brasil e o governo absolutamente ausente de tudo, que admira o Guedes e acha que vender empresa pública e destruir o Estado é o caminho de tudo. Não é assim”, destaca.

Ele ainda finaliza. “Eu insisto: eu quero preencher o vazio do Governo. O Governo tem que ter identidade com a população. Tem que ter solidariedade com as pessoas e amor pelo povo. Não pode ser o governo dessa história do liberalismo econômico, concentração de poder na mão dos muito ricos e ferro no povo. Não!”, conclui.

Confira a entrevista na íntegra:

Ao vivo: Entrevista com o candidato ao governo Roberto Requião