Em entrevista exclusiva concedida ao portal D’Ponta News, nesta sexta-feira (21), a mãe, Isabel Streski, e a tia, Julia Streski, do ponta-grossense Antônio Augusto Streski Manjinski, de 25 anos, que está desaparecido no Paraguai, revelaram detalhes sobre a investigação do caso.
Antônio é estudante do último ano de Medicina na Umax (Universidade Maria Auxiliadora), em Assunción, e foi visto pela última vez em 4 de outubro, no município de Mariano Roque Alonso.
De acordo com a tia do jovem, Julia Streski, a Polícia paraguaia está empenhada nas buscas, que já estão no 17º dia. Segundo ela, não se pode dizer que o caso se trata de um sequestro, porque não houve um pedido de resgate, mas que Antônio está retido. “Podemos afirmar, pela circunstância, não que isso tenha uma comprovação, que o grupo ou a pessoa, ou seja quem for que o esteja retendo, seja alguém de relativo poder, para conseguir mantê-lo escondido por tanto tempo, com tantos grupos buscando por ele, 100% da Polícia do Paraguai está buscando por ele”, diz. “Se fosse um grupo comum que estivesse com ele, é muito provável que a polícia já tivesse chegado até eles”, completa.
Movimento de apoio
Segundo a mãe de Antônio, Isabel Streski, o desaparecimento do filho gerou uma onda de apoio de mães, não somente de alunos da faculdade em que o jovem estuda, mas do mundo inteiro. “No total são mais de 110 mil brasileiros que estudam Medicina aqui no Paraguai e esses pais estão empenhados, estão trabalhando, buscando e cobrando uma solução”, afirma.
“Fora isso estamos tendo ajuda de um grupo chamado ‘Mães da América’, que estão protocolando hoje na ONU um pedido de intervenção, e esse movimento está por toda a Europa, há gente trabalhando com orações por toda parte, mas também grupos na França, Irlanda e Portugal. Hoje posso dizer que o nosso caso, a minha dor, está com raízes no mundo inteiro”, pontua Isabel.
Julia Streski ainda comenta.”Não é possível que uma pessoa saia para estudar e o fato dela se destacar, ser uma pessoa que está lá fora para realizar seu sonho possa incomodar tanta gente e criar um problema desse tamanho”, diz.
Sobre o caso
Julia Streski descreve o sobrinho como uma pessoa focada, inteligente, preparada e estudiosa. “O que nos estranhou esse desaparecimento dele é porque não é comum, ele nunca ficou um só dia sem falar com a mãe”, diz.
A mãe relata que conversava três vezes ao dia com o filho e estranhou quando não recebeu respostas no dia 4 de outubro. “Era muito comum aquela mensagenzinha ao acordar, uma conversa mais longa ao meio dia, na hora do meu intervalo de trabalho, e depois à noite. Geralmente ele mandava mensagem primeiro e, como ele não mandou, eu mandei. Mandei várias vezes, comecei insistir e não tive retorno. Começou a me dar um aperto no peito, mas estava com aquela esperança de que tivesse perdido o celular”, relembra Isabel.
Naquele dia, ela conta que começou a acionar amigos e até mesmo o dono da casa em que Antônio morava. Com a resposta de que o filho não havia sido encontrado, a família viajou até o Paraguai para ajudar nas buscas.
“Eu gosto que a pessoa ajude com oração, com uma palavra de conforto. Hoje estou pedindo que as mães, a comunidade ponta-grossense, pessoas de bem desse país se engajem conosco. Tudo isso que estamos passando, esse pesadelo está servindo para alertar a muitos pais que não estão tão próximos dos seus filhos”, declara Isabel.
A tia de Antônio também reforça o pedido para que as pessoas ajudem a divulgar o desaparecimento do estudante. “Todos que puderem divulgar, entrar nas nossas redes sociais e compartilhar o post para todos os cantos do mundo, para que possamos, o mais rápido possível, trazer o Antônio de volta para nossa família”, finaliza.
Confira a entrevista completa:
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