No último dia 30 de junho um fenômeno extratropical chamado de ‘ciclone-bomba’ passou por Ponta Grossa, destelhando casas e deixando milhares de pessoas sem luz por muitas horas. Outro ciclone estava previsto para passar pela cidade na quarta-feira (08), mas ele acabou desviando.
De acordo com Fernando Mendes, meteorologista do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), para um ciclone ocorrer são necessários alguns fatores climáticos que dessa vez não ocorreram. “Os estragos da última semana foram muito pela massa de ar quente que estava no estado, com a frente fria desta semana e os jatos de ventos em outra direção, o núcleo do fenômeno ficou mais distante, indo mais ao Sul do país. Aqui no Paraná e nos Campos Gerais foram registradas chuvas e ventos de no máximo 60 km/h, um resquício desse fenômeno”, explica.
Ele ainda conta que esse segundo fenômeno se desenvolveu mais ao sul do Brasil. “O núcleo dele ficou entre o Rio Grande do Sul, Uruguai e o Oceano Atlântico, enquanto uma frente fria se deslocou pelo leste do Paraná, ocasionando chuvas nas regiões Oeste, Sudoeste, Sul, Leste e os Campos Gerais”, relata.
Foto: Michelle de Geus/D’Ponta News