Os serviços de saneamento básico e de fornecimento de energia aos paranaenses podem ter maior qualidade com uma melhor gestão na Copel e na Sanepar, mais voltada à população. É o que afirmou o candidato ao Governo do Estado pelo PDT, Ricardo Gomyde, em entrevista à Rádio Jovem Pan de Maringá, na manhã desta sexta-feira (2). De acordo com ele, embora sejam companhias de capital aberto, o Estado ainda possui a maioria das ações.
“As companhias foram feitas para prover qualidade de vida aos paranaenses e ajudar no nosso desenvolvimento. São companhias de capital aberto, com ações na bolsa de valores, papeis controlados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e têm que obedecer regras. Mas a função precípua dessas empresas é atender o paranaense. Então é preciso nomear uma diretoria que tenha esse objetivo”, afirmou Gomyde.
Na avaliação do candidato do PDT, as atuais diretorias, da maneira que o governo atual comanda as companhias, dão prioridade aos acionistas, muitos deles de fora do país. “Com isso, perde-se o objetivo principal, que é atender a nossa população”, completa.
Gomyde lembra ainda que existe capital francês na Sanepar, mas o Paraná ainda é o acionista majoritário e é o Governo do Estado que nomeia a diretoria e a maioria dos conselheiros. “O problema é que estamos nomeando gente para chefiar essas empresas que não tem compromisso com o povo do Paraná. O governador resolve no momento em que assume. Coloca gente que entenda do assunto, que naturalmente vai remunerar o capital, mas que vai colocar essas empresas para prover água e eletricidade com qualidade e preço justo para a nossa população e ajudar no desenvolvimento regional”, analisa.
Debate na UEL
Na quinta-feira (1º), Ricardo Gomyde participou de um debate com candidatos ao Governo do Paraná organizado pelo Coletivo de Sindicatos de Londrina, na Universidade Estadual de Londrina (UEL). O candidato do PDT apresentou pontos muito importantes do plano de governo Projeto Paraná, principalmente em relação às áreas da educação e saúde.
Gomyde defendeu a valorização dos profissionais da educação, indo no sentido contrário do que realiza o governo atual, que busca terceirizar os serviços da área. “O Governo do Paraná tem, no momento, o viés da terceirização de todas as áreas, e na educação não é diferente. Vamos investir no servidor, valorizar o profissional da educação com aperfeiçoamento e capacitação, fazer concursos quando necessário. O governo atual não acredita na gente do nosso estado”, destacou, lembrando também que sua gestão irá refazer a Lei Geral da Universidade. “Precisamos mobilizar as universidades, vamos anular tudo o que for contra a autonomia universitária. Atualmente, não há investimentos nas universidades, e teremos um olhar específico para a sua gestão, pois elas são verdadeiras joias para o Paraná”, continuou.
Sobre a saúde, o candidato do PDT destacou a falta de gestão do governo atual na área. “Faltam parcerias, falta apoio aos consórcios regionais e às soluções que já existem nos munícipios. A pessoa que procura um hospital no Paraná muitas vezes é obrigada a voltar para casa sem o atendimento necessário. A situação acaba se agravando e ela volta em um estado emergencial, aumentando os gastos do SUS (Sistema Único de Saúde.) As pessoas estão morrendo na fila de espera por cirurgias eletivas. É necessário fazer a descentralização da saúde no Paraná”, confirmou.
O Projeto Paraná prevê o fortalecimento e a reestruturação do SUS no estado, com a desconcentração dos serviços em todas as regiões. Haverá a qualificação do SUS com novas tecnologias, formação de recursos humanos e fortalecimento da saúde preventiva.
da assessoria