O programa Paraná Dignidade, que consta no plano de governo do PDT, foi um dos temas tratados pelo candidato ao Governo do Estado, Ricardo Gomyde, durante a entrevista concedida à rede CBN, na manhã desta quinta-feira (15/09). A ação prevê a complementação dos programas federais para os paranaenses que estão vivendo hoje abaixo da linha da pobreza.
“Os programas do Governo Federal são insuficientes e vamos complementar o auxílio com o Paraná Dignidade. Programa de garantia de renda para colocar comida na mesa de todas essas famílias”, afirma Gomyde.
Os indicadores econômicos do Estado apontam que um quinto dos paranaenses vive abaixo da linha da pobreza, com menos de R$ 28 por dia por pessoa. Dessas, 250 mil pessoas estão na extrema pobreza, menos de R$ 10 por dia por pessoa.
“Mas vamos investir no ensino profissionalizante e na capacitação dos nossos trabalhadores, para que eles possam ocupar as vagas de emprego abertas pelas empresas que se instalam no Estado. Além disso, vamos rever os incentivos fiscais, condicionando os benefícios às empresas à adesão ao nosso salário mínimo regional, que hoje está em torno de R$ 1,8 mil e à geração de empregos”, explica.
Gomyde destaca que o Paraná, em 2022, concedeu R$ 17 bilhões em renúncias fiscais, sem transparência. Para o candidato do PDT, é preciso passar um pente fino e exigir a contrapartida das empresas.
Copel e Sanepar
Gomyde falou também sobre a necessidade de o governo nomear diretorias nas empresas estatais que atendam aos interesses dos paranaenses. “Entendemos que a Copel e a Sanepar são empresas de capital aberto, mas não é possível que atendam apenas os interesses dos acionistas minoritários. O povo do Paraná tem a maioria das ações. O corpo técnico das empresas tem gente qualificada e bem intencionada, no meu governo, os dirigentes serão escolhidos entre essas pessoas”.
Pedágio
O tema pedágio também foi tratado na entrevista. Gomyde reforçou o propósito de adotar o modelo de “manutenção e conservação”, o mesmo de Santa Catarina e São Paulo, que deixaria a tarifa na faixa dos R$ 5, sem a previsão das melhorias, que constavam nos contratos antigos e na proposta apresentada pelo Governo Federal e encampada pelo atual Governo do Estado.
“Essas melhorias foram pagas pelos paranaenses e nunca foram entregues. Essas melhorias precisam ser negociadas pelo governador, com o Governo Federal e mecanismos internacionais, sem que pesem no valor da tarifa”, analisa Gomyde.
da assessoria