Um dos dois únicos sacerdotes da Diocese de Ponta Grossa ordenado pelo santo padre João Paulo II, em 1980, padre Alceu Maders, faleceu no final da manhã de sábado (11). O velório aconteceu na Capela Nossa Senhora da Piedade, da Paróquia São Judas Tadeu, em Ponta Grossa, com missa de corpo presente celebrada no domingo por Dom Sergio Arthur Braschi. O sepultamento ocorreu no Cemitério Jardim Paraíso, perto das 11 horas. Padre Alceu foi internado em meados de outubro devido a infecções urinária e pulmonar, além de confusão mental. Foi tratado, recebeu alta, mas, na segunda semana de novembro, voltou ao hospital para fazer outros exames e acabou internado novamente. Os médicos aguardavam que se fortalecesse para realizar procedimento de cateterismo.

Com 73 anos, padre Alceu completou em julho 41 anos de ordenação presbiteral. No último dia 10, depois de repetir alguns exames de saúde, foi acolhido na Casa Vianney, um espaço que pertence à Cúria para encontros, descanso e cuidado com os padres diocesanos idosos e doentes. “Estava com ele; participei da acolhida dele na Casa Vianney. Estava abatido, não quis comer. Falei com ele em Alemão, como fazíamos sempre quando nos encontrávamos. Aceitou tomar um suco de laranja comigo. Mas, não estava bem. Olhar bem decaído. Percebíamos que não estava respondendo algumas coisas, não estava plenamente consciente do que estava acontecendo. Se referia a pessoas que não estavam ali. Estávamos esperando ele melhorar um pouco para fazer cateterismo porque o coração estava muito enfraquecido”, contou o bispo Dom Sergio Arthur Braschi.

 “Dos menos de 100 anos que tem a diocese, 41 anos ele esteve a serviço. Foi ordenado em 1980. Teve a graça de ser ordenado pelo santo Papa João Paulo II, em sua primeira viagem ao Brasil, quando ordenou um bom número de seminaristas e dois aqui da diocese: padre Pedrinho (Pedro Gavlak), que já faleceu também, e padre Alceu. Trabalhou em várias paróquias, desde que estou aqui na diocese. Quando cheguei, estava na Sant’Ana de Castro; depois, foi para a Perpétuo Socorro, de Irati, e depois que criamos a Paróquia São Sebastião, de Fernandes Pinheiro, ele foi o primeiro pároco lá e ficou durante vários anos. Um dos padres com mais vivência sacerdotal, que se distinguia pelo amor à Eucaristia e a Nossa Senhora. Ele rezava o Rosário todos os dias. Era bastante exigente consigo mesmo e com os outros, pela própria caminhada em busca da santidade”, acrescentou o bispo, citando como uma de suas principais características a disposição para atender confissões.

 “Em todas as paróquias onde trabalhou, sempre privilegiava o tempo para atender as confissões da população. Quando ia celebrar em alguma capela do interior, chegava antes e ficava atendendo confissão até o horário da celebração. Pregava muito sobre a necessidade e a importância desse sacramento. Tenho firme confiança que padre Alceu, chegando no Reino Eterno, deve ter sido recebido por tantos sacerdotes do passado, a quem ele admirava, sobretudo São João Paulo II, que é santo. Tenho confiança que ele vai interceder, agora, por nós”, ressaltou Dom Sergio.

Alceu João Maders nasceu no dia 10 de julho de 1948, em Santo Cristo (RS). Serviu ainda como pároco na Paróquia São Roque, em Ventania, em 2013; Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Teixeira Soares, em 2015; na Paróquia São Judas Tadeu, de Ponta Grossa, em 2016, e foi vigário paroquial na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, de Tibagi, em 2018, na Paróquia São Miguel, de Irati e novamente na Nossa Senhora dos Remédios, em 2019, e, em sua última missão, este ano, foi vigário na Paróquia São Roque, de Ventania.

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