Com o objetivo de conscientizar a população, as empresas de ônibus de Curitiba lançaram a campanha ‘não seja jaguara’, porém, o que tinha propósito de diminuir aglomerações no transporte coletivo se tornou uma polêmica.
Recém lançada nas redes sociais, a campanha provocou debate em alguns setores. É o caso do presidente da ACP (Associação Comercial do Paraná), Camilo Turmina, que disse que a campanha é agressiva.
“Chamar o usuário de jaguara? Isso é inadmissível. A campanha é meio agressiva, pejorativa e maldosa. Porque, na verdade, jaguara é quem instituiu uma lei em 87 e diz que eu, como empregador, tenho dar um vale transporte com validade de vencimento e meu funcionário fica refém de um transporte de má qualidade”, disse Turmina.
Além disso, o presidente não poupou críticas sobre aglomerações dentro do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana. “A população encurralada dentro dos ônibus, empilhadas. Nós estamos pedindo uma coisa só, os passageiros sentados dentro do ônibus.”
CAMPANHA ‘NÃO SEJA JAGUARA’ CAUSA POLÊMICA
Em resposta as críticas de Turmina, a Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) disse que, infelizmente, a mesma cobrança que a ACP faz do sistema de transporte, ela não faz dos seus associados, que na grande maioria não adeririam a flexibilização de horários, que poderia ajudar na diluição dos usuários dos horários de pico.
De acordo com os idealizadores, ‘jaguara’ foi usado por ser genuinamente paranaense. No contexto da campanha, ele é usado para descrever alguém que está prejudicando a coletividade em benefício próprio.
O termo ‘piá de prédio’, também foi usado em uma peça publicitária, criticando uma parte da população que continua realizando festas e aglomerando pessoas.
AGLOMERAÇÃO NO TRANSPORTE COLETIVO
No dia 28 de maio, o MPPR (Ministério Público do Paraná) emitiu uma recomendação administrativa à Comec para que fossem adotadas medidas para garantir mobilidade da população de forma segura. Para, assim, evitar a propagação do novo coronavírus.
Entre as medidas, está a adequação dos horários e itinerários das linhas de ônibus para que não ocorram aglomerações nos terminais e dentro dos veículos.
Além disso, exige a intensificação das ações de fiscalização e o estabelecimento de lotação máxima nos ônibus de 25% a 50% dependendo do itinerário e tempo de percurso.
Em nota, a Urbs esclareceu que estão sendo tomadas medidas de reforço da frota e de limitação de pessoas dentro dos ônibus. Além disso, afirmou monitorar o sistema, em que os ônibus estão com 50% de ocupação e saem dos terminais com 30% dela.
Saiba mais abaixo:
Informações/Imagens: Paraná Portal/CBN/Divulgação Empresas de Ônibus de Curitiba/Foto: Prefeitura de Curitiba