Sábado, 12 de Outubro de 2024

Redes sociais induzem transe hipnótico, afirma psicanalista Eduardo Pereira

2022-03-18 às 11:36

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na rádio Lagoa Dourada, o psicanalista Dr. Eduardo Pereira falou sobre o uso indiscriminado do celular por adultos e crianças.

Dr. Eduardo, que também é hipnoterapeuta clínico, explica que o uso compulsivo do celular é um problema geral da sociedade e há fatores que colaboram para que as pessoas fiquem ‘vidradas’ nos aparelhos. “A hipnose é um estado natural do ser humano que pode ser induzido e há redes sociais e aplicativos que induzem a isso. Você nunca se perguntou porque as redes sociais você puxa de baixo para cima? Porque induz o transe hipnótico, você fica hipnotizado na rede social, você fica absorvido ali”, afirma.

Outra questão destacada pelo psicanalista é relacionada ao hiper foco que algumas pessoas podem desenvolver. “A pessoa está em uma rede social, você fala com ela uma, duas, três vezes e a pessoa simplesmente não escuta. Não é que ela está te ignorando, é que ela realmente não está ouvindo”, pontua. Dr. Eduardo ainda afirma que o uso do celular pode ser tornar um vício. “Tem pessoas que quando são privadas da tela do celular, apresentam sintomas de crise de abstinência, tremores, espasmos”, alerta.

Entre as estratégias para evitar o uso do celular é deixar todas as notificações no modo silencioso, segundo o profissional. “Eu vou ver as minhas mensagens quando? Quando eu decido que está na hora de ver. O WhatsApp e outras formas de comunicação servem justamente para isso, para que a pessoa te mande a mensagem e você possa responder quando puder. Se for urgente vão dar um jeito de entrar em contato com você”, orienta.

Outra sugestão é jamais estar no celular durante as refeições. “Inclusive existe a etiqueta digital e um dos itens é não ligar em determinados horários, como no almoço ou após às 22h”, completa.

Acompanhe o trabalho do Dr. Eduardo nas redes sociais: @solace_psicanalise e acesse a entrevista na íntegra: