Em entrevista exclusiva ao programa Manhã Total, da rádio Lagoa Dourada, nesta terça-feira (5), o pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre leis trabalhistas e política tributária.
Lula defende que a CLT precisa ser atualizada para os dias atuais, já que foi criada em 1943. “A CLT foi a primeira regulação, é por isso que aqui em São Paulo os empresários odeiam tanto o Getúlio Vargas, porque ele tirou os trabalhadores de uma semi escravidão e deu direito aos trabalhadores. Nós queríamos fazer uma reforma na CLT para aprimorá-la aos dias atuais. Nem tudo é igual era em 1943”, pontua.
E ele ainda completa. “Eu quero que o empresário ganhe dinheiro, porque se o empresário não ganhar ele não vai investir, se não investir não gera emprego”, afirma Lula. “Eu quero que os empresários pensem igual Henry Ford: ‘Eu tenho que pagar bem aos meus trabalhadores para que eles possam consumir os produtos que eu fabrico’. Eu estive no chão de fábrica e todo o trabalhador quer que a empresa progrida e ser remunerado de forma justa pelo trabalho dele”, afirma.
“O empresário que acha que o trabalhador tem que ganhar pouco, que não tem que ter aumento ou não ter sindicato é um empresário atrasado. O empresário moderno precisa de um sindicato forte para negociar. Não estamos mais no tempo da escravidão, quanto mais forte o sindicato mais negociação será feita e melhor será tratado os trabalhadores”, diz.
Política tributária
Comparando o pagamento de tributos entre trabalhadores e empresários, Lula afirma que “na hora de pagar tributo a gente tem que pagar proporcionalmente ao que a gente ganha e no Brasil, aqueles que vivem de dividendos não pagam mais do que o trabalhador que ganha R$ 3 mil por mês, proporcionalmente o trabalhador paga muito mais”, diz.
“O que nós precisamos é fazer uma política tributária justa, sabendo que as pessoas precisam sobreviver. Se o Estado for forte e tiver recurso, será capaz de induzir o crescimento econômico de forma regional. Você não pode permitir que só o estados mais fortes sejam desenvolvidos. É preciso espalhar esse desenvolvimento para todo o território nacional”, conclui.
Confira a entrevista completa: